O jovem costuma imaginar sua vida como se houvesse um caminho aberto, aguardando ele trilhá-lo, até a conquista de seus maiores sonhos. O sucesso parece-lhe apenas uma questão de planejamento e tempo. Passados os anos, porém, o peso da realidade costuma conduzi-lo a uma resignação fria, fazendo com que a esperança se transforme em conformismo, sem qualquer pretensão, senão a conquista do necessário para uma existência confortável.

O ideal seria, porém, que, em vez de acomodar-se em uma vida inútil, a decepção com a impossibilidade das altas conquistas o fizesse adaptar o que era quimera em algo factível. O que antes era um devaneio egocêntrico deveria transformar-se na convicção de completar uma carreira que apresentasse ao mundo, pelo menos, a tentativa de entregar uma boa obra, que fosse, e que representasse algo que estivesse além do mero desejo de satisfazer suas próprias vontades.