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A possibilidade de ferir sentimentos alheios nunca pode ser uma preocupação fundamental na atividade intelectual, pois é da natureza da crítica (e o trabalho intelectual é essencialmente crítico) tocar em feridas que doem.
Por isso, o escritor que se autocensura demais, com a preocupação de não magoar os outros, está limitando seu trabalho imensamente.
O que, de fato, deve balizar sua expressão é a verdade, a relevância, a utilidade e o bom-senso.
Eventuais ressentimentos devem ser considerados como efeito inescapável dessa atividade e, apesar de não dever constituir o fim dela, nem fonte de prazer para o escritor, não pode servir como limitador de seu trabalho.
Portanto, se, quando eu escrevo algo, afeto suscetibilidades, desculpe-me, essa nunca é minha intenção e nem me alegro com o fato.
O único problema é que deixar de escrever não é, no meu caso, uma opção.