É preciso colocar a questão relativa ao aborto em seu devido lugar. E ela não tem nada a ver com divagações filosóficas e abstratas acerca da natureza humana do feto ou sobre os direitos da mulher sobre seu corpo.

Pense bem: uma mulher estuprada ou mesmo depois de ter uma relação sexual na qual ela desconfie que pode ter engravidado, tem a possibilidade de, logo em seguida ao ato, tomar as precauções necessárias para evitar a gravidez. Sem entrar no mérito da licitude moral da pílula do dia seguinte, o fato é que ela existe e está disponível, com valor acessível a qualquer um.Portanto, quando se discute o aborto, as últimas pessoas que realmente serão beneficiadas com sua descriminalização são aquelas mulheres que engravidaram sem sua vontade.

Está muito claro que o abortismo é uma proposta evidentemente eugenista, que busca dar o direito às pessoas descartarem os seres humanos que elas considerarem inferiores e indignos de viver.

O que elas querem é ter a possibilidade de de decidir se aquela criança que está para nascer é condizente com as expectativas e, assim, determinar se devem vir à luz.

É pura eugenia; o resto é diversionismo.