Muito da energia gasta por estudiosos é para (1) justificar as próprias doutrinas e (2) destruir as doutrinas alheias.

Isso pode ser útil, em um sentido racional, pois ajuda a encontrar as melhores racionalizações para o que acreditam. No entanto, em um sentido humanístico mais amplo, é prejudicial.

É que o aprofundamento em qualquer matéria exige, contraintuitivamente, o alargamento das fronteiras intelectuais. Quanto mais quer-se compreender algo, mais aberto a contribuições estrangeiras deve-se estar.

Toda especialização é burra quando fecha-se em seus próprios preceitos. Só ao permitir ser invadida por conhecimentos externos é que robustece-se, podendo alimentar-se daquilo que nunca encontraria dentro de si mesma.