fundamentalistaOs antigos, quando defendiam a doutrina, estavam protegendo mais que idéias, mas concepções civilizacionais e uma sociedade constituída. O ardor e belicosidade, naqueles casos, era bastante compreensível. Hoje, porém, o apologeta intransigente é apenas um bocó, protegendo somente a si mesmo e seu direito de emitir opinião. Deus, Cristo, Maria e os santos não pediram e não precisam da defesa de ninguém. Portanto, pretender fazer isso não passa de arrogância.

Nada justifica defender uma doutrina, até mesmo a Igreja, com estupidez e violência. A não ser que pretenda impor sua concepção teológica como obrigatória a todos.

Se, pelo contrário, é a liberdade de fé que permanece e dela se utiliza para falar, no mínimo, espera-se que entenda que as divergências, nesse contexto, são obviamente necessárias.

Uma coisa é criticar o Islã, por exemplo, por fundamentar o terrorismo, ou seja, por ameaçar a civilização. Outra, bem diferente, é agir com a mesma belicosidade para atacar meras concepções doutrinárias divergentes, mas que não, necessariamente, ameaçam a sociedade constituída.

Saber medir essas coisas é essencial para manter o mínimo de credibilidade.