Dizem que tudo é pela Ciência; que devemos ouvi-la e atentar para suas orientações. No entanto, observe que, na prática, não é bem assim que acontece. A rigidez científica só é invocada quando ela dá suporte aos interesses de quem invoca; quando não, é descartada.

Veja o caso da cloroquina: em nome da Ciência, os experts estão relutantes quanto ao seu uso. Dizem que não há estudos que comprovem sua eficácia. Dizem, ainda, que não se sabe bem sobre seus efeitos colaterais, apesar do remédio ser administrado, sem grandes complicações, há décadas. Mesmo com diversos médicos usando-a com sucesso, não querem liberá-la. Enquanto isso, vidas vão se perdendo.

Agora, quanto ao confinamento, não tiveram a mesma rigidez. Invocando a Ciência, os experts confinaram o povo. Apesar de haver estudos que discordam desse método, insistem que é assim que tem de ser. Apesar de não haver qualquer prova de sua eficácia, além de indícios fortes de sua ineficácia, impuseram-no sem direito à apelação. Mesmo com os efeitos colaterais certos e, provavelmente, muito piores que a própria enfermidade, não hesitaram em submeter o mundo a ele.

Ou seja, para interesses diferentes usam critérios diferentes na invocação da Ciência. Como não querem a cloroquina, são rígidos, dizendo que não há evidências científicas. Por outro lado, como querem o confinamento, são frouxos quanto às evidências, exigindo que todo mundo siga determinações científicas que não possuem nenhuma comprovação de eficácia.

Portanto, a questão, na verdade, não é científica coisíssima nenhuma. E quem diz que devemos seguir o que os cientistas estão dizendo não tem nenhuma ideia do que está falando.