Antes de qualquer revolução, os ideologistas descobriram que é preciso preparar o terreno. Entenderam que é mais eficiente agir quando as mentalidades já estão submetidas às suas propostas, do que ter de lutar contra quem não concorda com seus métodos. Formatar as mentes é, portanto, imprescindível.

A guerra de dominação, antes das ruas e dos parlamentos, é travada na cabeça das pessoas. É uma guerra psicológica antes de tudo. É um ataque às consciências, submentendo-as a uma inversão da realidade tão intensa, até o ponto que elas passem a aceitar a mentira como verdade, o errado como certo, o grotesco como belo.

Pelo uso da linguagem, os sodomizadores de consciências mudam os sentidos do que há e fazem com que a própria percepção da realidade seja alterada. Chamam de democratas os que agem como fascistas e de fascistas pessoas comuns; de defensores da liberdade arruaceiros e saqueadores e de criminosos quem apenas quer o direito de trabalhar. E assim, pela repetição de mentiras, vão subjugando a mente de quem os escuta.

A partir do momento que as verdades fabricadas tomam seu lugar na cabeça do povo, os revolucionários passam a agir de acordo com elas. Sentem-se com isso autorizados a atacar, mesmo com violência, aqueles que suas narrativas estabeleceram como os inimigos. Passam então a ameaçar senhores e senhoras, agredir trabalhadores e destruir estabelecimentos – tudo justificado pela percepção engendrada de que combatem o mal.

Sustentando as ações violentas e os crimes existe uma parcela da população lobotomizada, que já não tem mais a capacidade de distinguir o bem e o mal e que não consegue ver o crime onde ele se mostra claramente. São esses os justificadores da revolução – gente que teve sua consciência destruída pelos ataques ininterruptos sobre sua mente.

Entenda que existe uma guerra acontecendo. No entanto, antes dela existir diante de seus olhos, ela está acontecendo dentro de você. Uma guerra na qual sua consciência é o estandarte procurado por um inimigo sem escrúpulos. Uma guerra que tem como missão tornar-lhe estúpido, incapaz de distinguir os aspectos triviais da realidade. Uma guerra que tem como objetivo mitigar sua capacidade de pensar por si mesmo e, com isso, usá-lo como avalizador de todo tipo de crimes e atrocidades.