Não é incomum paladinos da tolerância surgirem com suas admoestações moralistas, dizendo que devemos manter um diálogo com os opositores, apesar das divergências. Aparentemente, as intenções são as melhores, que é manter uma certa civilidade nos debates públicos.

No entanto, quando se trata de debates com defensores da ideologia de esquerda, apesar da democracia obrigar-me a conceder-lhes o direito de falar, respeitá-los ou mesmo considerar seus argumentos é algo que sistema algum do mundo pode exigir de mim.

Isso porque tudo o que a esquerda tem a oferecer – seu ateísmo, seu ódio contra os valores familiares, seu descaso em relação ao nascituro, sua defesa da bandidagem, sua defesa das drogas, seu relativismo moral, sua estética medonha, sua militância anti-religiosa, seu esforço pela destruição do modo de vida ocidental e seu desejo declarado pelo fim de seus adversários políticos – não são matérias passíveis de discussões, mas atentados contra a civilização, que devem ser contidos.

Se a esquerda fosse apenas uma outra forma de enxergar a economia ou o papel do Estado, não haveria problema algum em manter os canais de comunicação e discussões abertos com ela. Porém, estes, na verdade, são os temas menos importantes para os socialistas. O que realmente está no cerne de seu objetivo é a substituição do mundo como conhecemos e vivemos por um outro completamente diferente, onde pessoas como eu não são bem vindos.

Por isso, há muito tempo deixei de considerar o debate político com as esquerdas apenas uma troca de ideias. Não fossem suas intenções declaradas, suas convicções sedimentadas e sua forma de agir, até poderia considerar essa possibilidade. No entanto, quando eu sei o que sei sobre eles, aceitar qualquer tipo de discussão civilizada com essas pessoas é como tentar combater terroristas, munidos de armas e bombas, com meros panfletos de repúdio. E eu não sou idiota a esse ponto.