Escrever algo simples de maneira pomposa é horrível. É a primeira demonstração de que o escritor está tentando esconder algo por detrás da grandiloquência.

Todo excesso indica algum tipo de compensação. Falar sem parar, comer muito, beber demais, parecem sempre dissimular algum tipo de ansiedade, frustração, medo ou neurose.

Na escrita não é diferente. Há também os excessos. Escolhas de palavras fora de uso, estruturações sintáticas desnecessariamente complexas, construções argumentativas obscuras – formas que poderiam ter sido dispensadas em favor de uma linguagem simples e direta.

Obviamente, ser simples não é ser simplório. Um estilo elegante e agradável é sempre bem vindo. O que o escritor deve evitar é tornar complicado algo que não é. Que a complexidade seja fruto da dificuldade do tema, não da afetação do autor.

O texto que privilegia a empolação desfavorece o conteúdo. A escrita pedante não serve para nada, senão acobertar uma mensagem vazia.