Após o terrível bombardeio de Dresden, pelo qual os aviões aliados destruíram a histórica cidade alemã, deixando milhares de mortos civis, esperava-se que a Alemanha nazista sofresse um impacto tal que fosse forçada a render-se, terminando assim com a II Guerra Mundial.

No entanto, o ministro do Reich, Joseph Goebbels, mais uma vez mostrou sua genialidade propagandista e transformou aquilo que seria uma derrota e uma demonstração de incompetência do governo nazista em proteger sua cidade em algo positivo, em um evento a ser explorado em seu favor.

Goebbels conseguiu transformar uma história de vergonha para os alemães em um ato terrorista dos aliados. Sua tática foi muito simples: em vez de tentar minimizar os danos, ocultando as falhas do governo alemão, ele fez exatamente o contrário: ampliou os fatos para além de seus limites.

O ministro fez essencialmente duas coisas: expôs as imagens mais terríveis dos efeitos dos bombardeios na cidade, deu espaço para as narrativas mais dramáticas, contadas por sobreviventes e, por fim, fez aquilo que seria como que o argumento final: acrescentou um zero aos números de mortos, transformando 20 mil em 200 mil vítimas.

Com isso, e com o apoio da mídia isenta da época, conseguiu criar um mal estar terrível entre a população dos países aliados. As pessoas, ao se depararem com as fotos perfeitamente escolhidas para causar o impacto mais forte, lerem as histórias mais tristes e se depararem com os números aterradores começaram a revoltar-se e realmente acreditar que a Alemanha era uma mera vítima.

O que eu quero que vocês entendam é que toda a mídia atual é herdeira de Goebbels. Tudo o que ela faz é explorar os fatos, ampliando-os de maneira até alcançar o efeito pretendido, conduzindo-os para o lado que ela decidir que lhe é mais conveniente. Para isso, da mesma maneira que o ministro nazista, não possui nenhum pudor em explorar eventuais cadáveres, expor histórias privadas e alterar os dados para que sua narrativa cause o impacto emocional que bem entende.

Por isso, tome muito cuidado com aquilo que imprensa veicula. Isso é tão confiável quanto uma propaganda nazista.