“Quando pessoas sérias escrevem, apresentando ao público realidades até mesmo óbvias, aqueles que têm suas vidas e profissões comprometidas com a farsa sentem que estão muito próximos de serem expostos ao ridículo. Isso, é claro, causa terror”

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Há diversas maneiras de saber se algo é verdadeiro. Algumas afirmações, porém, não são tão imediatamente verificáveis, demandando muito tempo de estudo e reflexão. Mas tem algo que a verdade sempre provoca: o incômodo. Sim, por trazer à tona mentiras escondidas, por manifestar a farsa ocultada, a verdade será sempre o inimigo número um de todos os pilantras e falsários, e, por isso, causa neles tanto ódio e indignação.

Quando leio articulistas como Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e outros da mesma estirpe posso até ficar em dúvida se o que dizem é realmente verdadeiro. Porém, normalmente, quando me dedico a estudar o assunto proposto por eles, acabo tendo que reconhecer que têm razão. No momento que leio, no entanto, nem sempre é possível saber isso e até entendo quando algumas pessoas sentem-se inseguras diante de suas afirmações. Mas quando observo a reação que seus artigos e comentários provocam na parcela ideologicamente comprometida da imprensa e dos ditos intelectuais deste país, aí, sim, quaisquer dúvidas dissipam-se logo. Somente a verdade poderia causar tamanha histeria. A verdade dói, principalmente naqueles que tentam escondê-la com todas suas energias.

Veja bem a desproporção das coisas: quase todos os articulistas que escrevem denunciando as farsas esquerdistas estão em blogs, alguns poucos em jornais e outros poucos em revistas. Nenhum deles, de fato, pertence à grande mídia, principalmente a televisiva. Seus leitores pertencem a uma diminuta faixa da sociedade e, mesmo nesta, não conseguem angariar todos para seu lado. Enquanto isso, aqueles que fazem parte da mídia comprometida ideologicamente têm em suas mãos todos os órgãos de imprensa que alcançam a maior parte de leitores e, principalmente, telespectadores. Ainda assim, basta que algum daqueles faça uma denúncia um pouco mais incisiva ou diga algo que exponha as mazelas esquerditas para que os jornalistas vermelhos comecem a se debater como peixinhos indefesos diante da ameaça de um tubarão devorador.

O que pode causar tamanha histeria senão a verdade? Se ela liberta, como disse Cristo, também é uma espada afiada, que atinge as entranhas. E quando pessoas sérias escrevem, apresentando ao público realidades até mesmo óbvias, aqueles que têm suas vidas e profissões comprometidas com a farsa sentem que estão muito próximos de serem expostos ao ridículo. Isso, é claro, causa terror. Então, para que eles mesmos não sejam lançados na lama, se antecipam em jogá-la no ventilador e tentar, com gritos e balbúrdia, esconder a verdade por detrás da confusão.

Quem for um observador minimamente inteligente dessas discussões que são travadas por meio da imprensa conseguirá perceber isso com facilidade. De um lado está uma dúzia de escritores independentes, que falam aquilo que vêem e têm coragem de discutir as questões que são colocadas em debate, com argumentos, com lógica e com razão. Do outro lado, invariavelmente, há centenas de palpiteiros e escrevinhadores histriônicos, que ao menor sinal e contestação à sua ideologia e seus ídolos, fingem indignação e revolta, usando como armas de convencimento a gritaria e o xingamento. Eles só conhecem um argumento: a coação.

Não é à toa que os articulistas que denunciam as mentiras esquerdistas estejam, cada vez mais, vendo seu número de leitores crescer (claro, sem não deixar de causar desespero no outro lado da mídia). Como é a verdade que buscam, cada vez mais pessoas vão percebendo que o que escrevem tem sentido e que os antigos ídolos têm, de fato, pés de barro. Essa é a força da verdade! Dói em todos, mas enquanto alguns experimentam essa dor para aprender algo, outros, teimosamente, preferem imprecar contra até mesmo os céus, sangrando, assim, até a morte.