Por que celebrar o Natal

Sempre ouvi, de pessoas que passam por momentos tristes em suas vidas, ou de outras que acreditam não haver muita felicidade nelas, ou simplesmente de quem diz não ver muito sentido nessa data, que preferem não “comemorar” o Natal.

Como querendo afastar-se de qualquer tipo de celebração, crendo que essa data só é válida se for passada como um festejo, essas pessoas escolhem ignorá-la, ou, no máximo, minimizá-la, transformando-a quase em uma data comum.

São esses que dizem que o Natal é besteira, que é um dia sem importância e que falam que apenas se reúnem nesse dia por causa das crianças ou por pressão dos familiares.

O que eu respondo para gente que pensa assim é que o Natal não é bem um festejo, nem mesmo uma comemoração.

Na verdade, o Natal tem duas características essenciais: é um memorial, ou seja, uma lembrança, mais ou menos ritualística, de um fato específico – no caso, o nascimento de Cristo; além disso, o Natal é também uma tradição, ou seja, algo que se faz, por séculos, no Ocidente e que, de alguma maneira, mantém viva sua história e personalidade.

Ninguém precisa estar feliz para celebrar o Natal, nem mesmo achar que essa deve ser uma data para encontrar-se alegre. Não é preciso beber muito, nem comer muito, nem encontrar-se com os amigos e familiares para se divertir.

O mais importante do Natal é manter viva nossas raízes, lembrando-se, a cada ano, de que foi o nascimento de um homem que permitiu e forneceu-nos os elementos para que fôssemos o que somos – como indivíduos e como povos.

Ignorar o Natal é quase como virar as costas para a própria herança e querer viver neste mundo como um ser isolado.

Celebre o Natal, sim! Do seu jeito, conforme seu estado de espírito. Só não deixe passar em branco uma data tão importante para você e para todos nós que nos orgulhamos de sermos civilizados.


Comentários

2 respostas para “Por que celebrar o Natal”

  1. Avatar de Leonardo Melanino
    Leonardo Melanino

    Sobre os Natais e as Páschoas, eu devo salientar que nós jamais devemos antecipar estas duas solemnidades, pois os Natóchronos e os Paschíchronos são Leucóchronos (tempos brancos), emquanto os Adventos e as Quaresmas são Purpuróchronos (tempos roxos). As datas terminais destes Leucóchronos são os Baptismos (terceiros domingos depois dos Natais) e os Pentecostes (séptimos domingos depois das Páschoas). Neste Pentecoste deste anno (31 de maio), por volta das suas 9h, celebramos os 1.987 annos da Igreja. No dia 25 de dezembro do anno anterior, por volta da sua 0h, celebramos os 2.020 annos do Natal de Jesus.

    Os Chloróchronos (tempos verdes) são os Ministérios (Archíchronos) e as Igrejas (Deuteróchronos). Os Ministérios vão das I Segundas-Feiras do Ordóchrono/Vulgóchrono até as Terças-Feiras da Qüinquagésima e as Igrejas da Segundas-Feiras Pentecostais até os seus XXXIV Sábbados.

  2. Avatar de NEEMIAS FELIX
    NEEMIAS FELIX

    QUATRO PERIGOS DO NATAL

    Neemias Félix

    O Natal é uma das festas mais importantes para o mundo cristão. No entanto é preciso celebrá-lo com a consciência do seu real significado. Apresento aqui quatro perigos que devem ser afastados nesta época de tanta euforia e tão pouca reflexão.

    1.º Colocar o berço acima da cruz
    É importante celebrar o Natal, e os anjos nos deram o exemplo, pois quando Jesus nasceu a Bíblia diz que eles louvaram a Deus pela chegada do seu Filho, que veio em carne a este mundo, como qualquer um de nós, menos no que se refere ao pecado. Além desses seres celestiais, pastores vieram de longe trazer presentes para Jesus.

    No entanto devemos lembrar que aquele menino da manjedoura não ficou sempre menino. Foi adolescente sábio entre os adultos doutores da lei; foi jovem, adulto, e aos trinta e poucos anos, entregou-se por nós na cruz para salvar a humanidade do pecado e da morte. Uma de suas mais importantes ordenanças, a Ceia, que ele nos mandou celebrar, figura como ato memorial de maior importância que a celebração do seu nascimento, já que é uma ordem direta para lembrar o outro extremo de sua existência, a morte, até que Ele volte.

    2.º Colocar a Ceia de Natal acima do Pão que desceu do céu
    Nada contra saborear as gostosas iguarias do Natal. É um costume que promove a unidade, a comunhão dos seguidores de Cristo. Sem os excessos, tão comuns nessa época, os quais devemos evitar, a Ceia enseja a alegria e a boa conversa. Lembremos, porém, que o alimento por excelência é o próprio Cristo. Nutrir-nos de seus ensinamentos preciosos, seus valores e ideais expressos na sua Palavra, a Bíblia, é o que faz diferença entre nós, seus discípulos, e aqueles que não o são. Assimilar seus preceitos, assumir o seu jugo, seu domínio, e viver segundo a sua lei, a lei do amor, é a razão maior de nossa existência neste mundo.

    3.º Colocar o Papai Noel acima do Papai do Céu
    Papai Noel deve ser colocado no seu devido lugar. Ele é um mito, uma lenda que está incrustada no imaginário popular, nada mais que isso. Transformá-lo em alguém de carne e osso como se fosse uma realidade palpável pode fazê-lo mais importante do que é. Mais que isso, pode desfazer a tênue linha que separa a realidade da fantasia e confundir até os adultos, imagine as crianças. Inadmissível é deixar o velhinho roubar a cena e transformar-se no personagem central do Natal, às vezes ofuscando quase por completo o brilho do Aniversariante, que é Jesus Cristo.

    4.º Colocar o presente acima da Presença
    É bom ganhar e dar presentes, e não apenas na época do Natal. Mas é preciso lembrar que o maior presente que podemos ganhar é a presença de Jesus na nossa vida, no nosso coração, por meio do Espírito Santo. O presente material deteriora-se com o tempo ou é deixado de lado por desuso, por aparecer outro mais atraente. Além disso, valorizá-lo demais pode ocasionar uma febre consumista jamais desejada por aquele que nasceu numa simples estrebaria. Bem diz Tiago 1.17: “Toda dádiva perfeita provém do Pai das Luzes, que não muda nem sofre variação”. Jesus é, ao mesmo tempo, Pão da Vida e Presente vivo que desceu do céu.

    Todos esses perigos apontam para a necessidade de uma visão correta do Natal, privilegiando o espiritual sobre o material, a realidade bíblico-cristã sobre o simbólico e o fantasioso, sem deixar de reconhecer a importância desses dois últimos aspectos. Assim estaremos resgatando o verdadeiro sentido do Natal, com o Aniversariante ocupando, finalmente, o seu devido lugar.

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