Nossos professores são, realmente, em sua maioria, socialistas?

Muitos deles afirmam que não, apesar do notório viés socialista de boa parte do conteúdo que ensinam.

No entanto, talvez essa negação não seja tão mentirosa.

É bem provável que a maioria dos professores sequer seja socialista convicta, mesmo que suas convicções intelectuais e, por consequência, aquilo que ensina, sejam ideias de origem e vinculadas ao pensamento socialista.

Isso porque as ideias socialistas que esses professores absorveram em sua formação, apesar de lhes terem sido apresentadas como as mais nobres, as melhores e as mais corretas, não lhes foram apresentadas como ideias socialistas.

Além do que, para formar um professor de mentalidade socialista, não é preciso induzi-lo à militância, nem fazer propaganda explícita de qualquer ideologia; basta fazer com que ele acredite que os preceitos socialistas, travestidos de preceitos científicos, que aprendeu de seus mestres são os corretos.

Então, mesmo sem saber que tratam-se de ideias socialistas, ele irá replicá-las exaustivamente porque crerá ser o que existe de melhor, senão o único pensamento que existe.

Além disso, basta ensiná-lo a venerar Paulo Freire, a respeitar Emilia Ferrero, a crer que Marx era um gênio e a louvar Vigotsky e não é preciso mais nada para formatá-lo como um bom professor à moda socialista.

E, assim, orgulhoso de ter tido acesso ao que acredita ser o que há de melhor entre os pensadores e ideias em suas respectivas áreas de atuação, despejará confiante e orgulhosamente esses ensinamentos sobre seus alunos.

Por isso, antes de se discutir sobre o que os alunos estão aprendendo de seus professores, é preciso questionar o que estes professores estão aprendendo como alunos.