Eu gostaria que vocês parassem para pensar um pouquinho sobre a possibilidade de nossas decisões, como povo, não serem nossas decisões, não serem decisões realmente conscientes.

Para isso, eu sugiro que vocês prestem atenção no conteúdo dos cursos de marketing que abundam por aí. A quase totalidade de seus ensinamentos é sobre as características do cérebro humano, gatilhos mentais, experiências psicológicas e coisas do gênero. Tudo o que eles ensinam envolve o fato de fazer com que seus potenciais clientes sejam levados a agir, por reflexo, no sentido de consumir o que eles estão oferecendo.

O mais importante que vocês precisam saber é que a maioria dessas técnicas funcionam. Tem gente fazendo muito dinheiro com isso. Qualquer garoto de vinte anos tem acesso a informações que lhe permitem conduzir milhares de pessoas, ao mesmo tempo, a agirem segundo suas determinações.

Posto isso, eu quero que vocês apliquem o seguinte raciocínio: se um jovenzinho, sem qualquer instrução especial, tem acesso a informações sobre técnicas capazes de fazer multidões agirem como gado, qual deve ser o estado desses conhecimentos disponíveis para os grandes poderes deste mundo?

Saiba que tudo o que os profissionais do marketing aplicam hoje, são técnicas criadas e desenvolvidas por volta da década de setenta. E vocês acham que esses estudos estacionaram naquela época? Obviamente, não! Pelo contrário, os experimentos em psicologia social continuam sendo aqueles que detém os maiores investimentos.

De lá até aqui, portanto, quantos desenvolvimentos nessa área devem ter sido feitos, quantas descobertas, quantos conhecimentos?

O que eu quero que vocês pensem um pouco é sobre quais os níveis de sutileza e de força que esses instrumentos de manipulação devem ter alcançado e estão disponíveis para serem usados pelos poderosos.

Com isso, não é difícil entender a facilidade que é fazer o mundo todo seguir numa direção, acreditando que está fazendo tudo por sua própria vontade e determinação.