Tag: Ateísmo

Ateísmo científico

Um cientista que não acredita em Deus ou, pelo menos, em uma força superior inteligente, estacionou suas investigações no meio do caminho.

É impensável, para qualquer mente minimamente racional, ao se deparar com a complexidade e ordem do mundo subatômico ou com a grandeza e harmonia do universo não concluir que haja uma mente inteligente por trás de tudo isso.

O problema é que esses cientistas detiveram-se nos processos específicos de sua área de observação. Deram-se por satisfeitos ao ver como as coisas funcionam em seu recorte específico da realidade.

Porém, esses cientistas preferiram fechar os olhos para as consequências daquilo que constatam – que levaria-os obviamente a pergunta sobre quem é o autor de tudo isso – e fecharam-se na ilusão de um mecanismo espontâneo.

Um cientista que não se pergunta qual é a causa última daquilo que observa está apenas brincando de ciência. É uma criança absorta na magia de seus brinquedos, divertindo-se com a maneira como eles funcionam e até dissecando-os para descobrir seus mecanismos, mas que nem se dá conta que esses brinquedos não estariam ali se não fossem seus artífices.

Revolta contra Deus

Quase toda a revolta contra Deus não passa de uma birra juvenil.

Da mesma maneira que o adolescente enxerga nos pais o reflexo de sua própria impossibilidade, pois eles são, ao mesmo tempo, seu limite e seu freio, o revoltado vê em Deus sua própria insignificância e pequeneza, o que para seu ego inseguro lhe é insuportável.

Quase todo ateísmo não é mais do que uma expressão obsessiva por mostrar-se independente, tentando deixar claro para todo mundo que não vive sob as asas da autoridade divina.

É um esforço infantil por apresentar-se como dono de si mesmo, como senhor de seu próprio destino, como alguém que não precisa dar contas a ninguém.

Sempre quando vejo um ateu, lembro-me de minha adolescência, quando ameaçava meus pais de que iria sair de casa, arrumando minha mochila velha e enchendo-a com minhas tralhas inúteis.

No fundo, eu sabia que, por mais que eu os ameaçasse, por mais que eu reclamasse de sua suposta opressão, por mais que eu dissesse que queria minha liberdade e viver minha própria vida, lá no fundo eu sabia que dependia deles para tudo e que toda minha demonstração de rebeldia era apenas uma forma de sentir-me senhor de mim mesmo. Restava, então, se trancar no quarto e praguejar.

Os ateus militantes que me desculpem, mas eu não consigo olhar para eles e deixar de ver apenas crianças rabugentas, que batem os pés, que choram, só porque não podem fazer todas as besteiras que têm vontade.

A esquizofrenia do ateu

É fácil, para quem se diz ateu, negar um projetista para o universo. Difícil é ele viver em um mundo que, a despeito de possuir uma complexidade incrível e uma diversidade inabarcável, segue em estabilidade e harmonia perfeita e, ainda assim, negar que ele tenha sido criado por uma inteligência superior. Ser ateu é, portanto, um estado de negação contínua, uma contradição ininterrupta, pois os fatos, a todo instante, negam tudo aquilo que ele diz estar convicto.

Continue Reading

Ateísmo ocidental: filhote do cristianismo

Afinal, o que é o ateísmo senão um subproduto, um desvio do próprio cristianismo?
Posso compreender perfeitamente, e até mesmo respeitar, a crença de que a Bíblia não é uma revelação divina. Afinal, isso depende de alguma fé, e esta pressupõe alguma experiência e comunhão com Deus. No entanto, negar que sobre suas letras a civilização na qual vivemos e da qual usufruímos fora construída chega às raias da ignorância.

Continue Reading