O conhecimento das verdades eternas não é um outro conhecimento, inacessível ao momento presente e disponível apenas no futuro. As verdades eternas estão aqui, diante de nós, porém cobertas por muitos véus, como sugerido por Tomás de Aquino.

Ibn Tufayl, filósofo islâmico do século XII, propôs a analogia com o cego, que conhece tudo o que o envolve, pelos sons, pelo tato, pelo cheiro e pelas descrições que lhe fazem. Se, porém, por um milagre, ele passasse a enxergar, já reconheceria tudo o que já conhecia antes, porém agora com cores, com luzes, de maneira mais clara, mais vívida, mais brilhante.

O apóstolo Paulo disse algo semelhante, ao afirmar que hoje conhecemos como por um espelho, com uma visão turva, mas, depois, veríamos as coisas exatamente como elas são.

A verdade eterna está aqui e cabe a cada um esforçar-se por desvendá-la, pouco a pouco, esperando o dia quando a veremos como ela realmente é.