Vá para casa, cale a boca, não discuta, não trabalhe, use máscara!

Será que é tão difícil perceber que tudo o que está acontecendo está sendo usado para enfraquecer o indivíduo? Este que sempre foi o último bastião da liberdade.

A história é a história de indivíduos. Não existe esse negócio de consciência grupal, inteligência coletiva. São os indivíduos que pensam, agem, decidem.

Aliás, a grande virada histórica do Ocidente ocorreu exatamente com o advento do cristianismo, que foi o responsável por valorizar o indivíduo, colocando-o no centro da existência.

E foi essa valorização do indivíduo que sustentou e conduziu o progresso ocidental. Se o Ocidente tornou-se o que se tornou foi principalmente porque o indivíduo foi reconhecido em sua importância e posição.

No entanto, é exatamente o indivíduo o principal alvo dos movimentos coletivistas desde o século XVIII. Quando o mundo alcança o século XX, as grandes revoluções caracterizaram-se principalmente por sufocar qualquer proeminência do indivíduo. Neles, o que importa é o bem comum, a vontade geral, a consciência coletiva.

Há três séculos, a marcha de civilização é uma marcha na direção do abafamento da voz do indivíduo. A pessoa só tem valor se refletir o anseio coletivo, sua voz só é ouvida se for um eco de vontade comum.

O momento atual, portanto, é apenas mais um passo (na verdade, um salto) nessa direção. A principal vítima de todas as ações das autoridades é o indivíduo.

O indivíduo está sendo isolado, aprisionado, impedido de se expressar. Também proibido de trabalhar, de empreender — ações que são expressões fundamentais do ser individual. Agora, está sendo inclusive obrigado a usar uma máscara que esconde suas expressões faciais, que é a forma exterior de sua personalidade.

Além disso, experimente levantar sua voz contra as certezas do momento (o vírus, sua letalidade, as maneiras de agir diante dele) e sinta o ódio que o mundo atual tem por qualquer manifestação dissonante.

Não se engane! O ataque principal das forças deste mundo não é contra governos, nem contra ideologias, nem contra grupos específicos, mas contra homens e mulheres, em suas personalidades individuais e manifestações únicas.

Nossa única opção, portanto, é resistir e isso, como nos for possível.