Quem procura um curso de filosofia geralmente tem um objetivo: ficar mais inteligente. Isso significa que ele quer ser capaz de olhar para a realidade e entendê-la; ele quer ser capaz de ler e interpretar o mundo.
O problema é que a pessoa, quando está iniciando seus estudos, não sabe muito bem por onde começar. Ela se pergunta sobre qual curso deve fazer e quais matérias deve estudar.
Então, é muito comum que ela comece essas aprendizagens de forma um tanto aleatória e escolha, de uma maneira mais ou menos intuitiva, por qual caminho vai empreender seus estudos.
O problema é que fazer cursos e ler livros aleatoriamente, sem ter um conhecimento de base bem sedimentado, acaba acarretando uma absorção parcial e enviesada, porque falta à pessoa uma cultura filosófica que lhe permita entender amplamente o que está escutando. Por exemplo, se ela decide estudar profundamente Kant, sem ter o mínimo de cultura filosófica, certamente vai compreendê-lo mal e parcialmente. Além disso, há o risco de começar a interpretar tudo segundo o conhecimento recém aprendido, já que não tem com o que comparar o que aprendeu, adquirindo, assim, um olhar enviesado.
Por isso, é muito importante entender que o desenvolvimento de uma inteligência que seja capaz de compreender a realidade só pode dar-se a partir das bases. Isso quer dizer que é preciso obter os fundamentos de várias áreas do conhecimento antes de partir para os estudos mais avançados.
É por esse motivo que eu prefiro, no processo de ensino estbelecido por mim, em vez de exaurir os assuntos, um por vez, aprofundando-me até à exaustão em cada um deles, ir trabalhando vários deles ao mesmo tempo, a partir de seus respectivos fundamentos. Prefiro, em vez de me aprofundar, de uma vez, em Kant, começar pelos fundamentos kantianos, junto aos fundamentos lockeanos, os fundamentos nietzschianos, os fundamentos tomistas, além dos fundamentos de Psicologia, Sociologia, Política, Economia e todos os outros temas que eu entender importantes para formar a base de entendimento necessária para o desenvolvimento intelectual.
Minha convicção é que, estudando a partir das diversas bases de conhecimento existentes, a inteligência do aluno se fortaleça de maneira sólida e estruturada, ao mesmo tempo que adquire uma visão múltipla e panorâmica da realidade.
Esse é o motivo porque, na minha Oficina, em vez de apresentar cursos prontos, um de cada vez, eu ofereço diversos deles, ou melhor, diversas matérias, todas de uma vez, sempre a partir dos fundamentos de cada um. Isso não significa que o objetivo seja permanecer nas bases, mas, sim, atingir os mais altos níveis possíveis de conhecimento a partir delas.
Por isso, na minha Oficina, o aluno acompanha a construção de várias disciplinas, ao mesmo tempo e em tempo real. Assim, ele desenvolve sua inteligência não de uma forma linear e enviesada, mas de maneira ampla e diversa. Com isso, eu tenho certeza que adquirirá uma inteligência mais firme e um conhecimento muito mais consistente.