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Fabio Blanco
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Fabio Blanco

RESPEITO AOS ANTIGOS: por que devemos estudar os pensadores da Antiguidade

Posted on 19/04/202519/04/2025

Nossas preocupações não são únicas na história; os debates que travamos não são necessariamente uma novidade. Muito antes do nascimento do mundo moderno, já havia pensadores tratando dos mesmos temas e comportando-se da mesma maneira como nos acostumamos a ver em nossos dias.

Esse é o caso, especialmente, dos pensadores pré-socráticos, que, desde 600 anos antes de Cristo, estavam propondo investigações e discussões que até hoje estão em pauta.

Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Parmênides, Pitágoras, Empédocles, Anaxágoras, Demócrito e outros, considerados os primeiros cientistas e os primeiros filósofos a surgirem no mundo, longe de serem os pensadores primitivos, com assuntos ultrapassados, como, às vezes, são retratados, já estavam, na verdade, abordando muitos dos problemas que debatemos atualmente.

Tanto que, iremos encontrar neles praticamente todos os temas e métodos que fazem parte do exercício filosófico de hoje em dia, como a investigação da natureza, a busca pelas leis subjacentes aos processos físicos, a explicação naturalista para as origens do cosmos, o uso do cálculo na previsão dos fenômenos naturais, inclusive, com o surgimento de um materialismo e de um cientificismo que nos acostumamos a identificar como a forma moderna de pensar.

Além disso, iremos encontrar, entre eles, o mesmos tipos de atores intelectuais que testemunhamos hoje em dia. Temos o pensador racionalista abstrato, o cético sem proposição, o cientificista materialista, o filósofo terapeuta, o intelectual charlatão, o líder esotérico, o mentor para a excelência, o orador motivacional, o persuasor sem conteúdo e até o instrutor remunerado – todos movimentando o ambiente cultural daquele período.

Vemos, portanto, que, nos pensadores pré-socráticos, encontra-se o germe daquilo que iria delinear toda a intelectualidade ocidental posterior. Por isso, é importante conhecê-los, não apenas como curiosidade histórica, mas como o arquétipo da nossa própria mentalidade.

Só assim, olhando para os antigos, com o respeito que lhes cabe, seremos capazes de entender melhor a nós mesmos.

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