Vivemos a pós-modernidade! Mas, o que isso significa e como chegamos aqui?
Essa rota tem início no Renascimento, quando os homens decidiram abandonar o transcendente como o centro de suas preocupações e colocar, em seu lugar, eles mesmos e a natureza que os cercava.
O Renascimento, então, dá à luz a verdadeira oposição à perspectiva religiosa: a Modernidade. Nesta, o valor maior passou a ser a capacidade humana de pensar por si mesmo e de definir seus próprios rumos. Esse é o tempo do racionalismo, do empirismo, do cientificismo.
O fruto mais notório da Modernidade foi o Iluminismo, especialmente em sua versão francesa. Nela, no lugar de Deus, da Igreja e da religião, a Razão foi colocada no altar para ser venerada.
A partir daí, a mentalidade do mundo Ocidental passou a ter duas características marcantes: uma firme confiança na capacidade racional dos homens e um otimismo inabalável em suas possibilidades de conquistas. Racionalismo e Progressismo: as duas cabeças da hidra moderna.
No entanto, o racionalismo, com seu espírito positivista e revolucionário, não levou a humanidade ao paraíso prometido. Na verdade, a confiança irrestrita na razão levou à bomba atômica. Afinal, o Projeto Manhattan é a culminação de séculos de exaltação da capacidade humana de encontrar soluções para seus problemas.
O fim trágico da Segunda Guerra Mundial provocou uma ressaca no racionalismo moderno. No entanto, em vez de levar os homens de volta a Deus, fê-los refugiarem-se ainda mais dentro de si mesmos.
Nesse contexto, consolida-se o movimento que já vinha sendo delineado há algumas décadas: o pós-modernismo, o qual pode ser considerado como uma desconfiança na razão, porém, sem abandonar o otimismo no homem. É, de fato, um depósito de esperança na irracionalidade.