Sob a perspectiva cristã tudo tem sua relevância, nem que seja para demonstrar o quanto algumas questões são irrelevantes
Quando criei o Núcleo de Estudos Cristãos, um dos objetivos era propiciar, principalmente para as pessoas de minha cidade, um local onde o cristianismo fosse tratado mais do que uma fé religiosa ou uma doutrina, mas como uma cultura. Dessa maneira, a ideia era trazer para o debate a própria influência cristã na sociedade e sua imprescindibilidade para a sobrevivência e sanidade da civilização.
Para isso, seria preciso mostrar que o cristianismo não se restringe apenas a questões ligadas à realidade interna da igreja, mas, pelo contrário, as ultrapassa enormemente. Na verdade, que o cristianismo permeia tudo e, de alguma maneira, explica tudo.
Então, não me restringi apenas a oferecer cursos teológicos, mas a trazer para o debate as questões cristãs dentro de uma perspectiva integrada com a realidade do cotidiano. Isso porque entendo a fé cristã não como um escape, quase gnóstico, da realidade, mas a compreensão dela pelo ponto de vista fornecido pela verdade revelada pelo cristianismo.
Depois de 2 anos de atividades, então, foi que ouvi, de uma de minhas alunas, a afirmação que me fez perceber que aquilo que eu havia idealizado para o NEC estava indo pelo caminho certo. Ela me disse: “Fabio, o que eu mais admiro em você é que você consegue enxergar o cristianismo em tudo!”.
É isso! Ela percebeu o que eu venho tentando mostrar durante todo esse tempo: que para olhos cristãos todos os assuntos são relevantes. Das questões mais elevadas, que tratam da espiritualidade humana até as mazelas mais evidentes, que apresentam a decadência do homem e seu pecado, tudo, de alguma maneira, é um assunto cristão.
Portanto, não há temas que não me interessem. Sob a perspectiva cristã tudo tem sua relevância, nem que seja para demonstrar o quanto algumas questões são irrelevantes.