Uma das coisas mais estimulantes ao se estudar escrita é que você nunca pára de tentar aprimorar sua técnica.

Isso porque um texto nunca é uma obra finalizada. Sempre que o escritor se dispõe a mexer nele, ele estará disponível para ser melhorado. Até por isso dizem que o escritor nunca termina um texto, mas abandona-o.

É que os textos não são apenas palavras ordenadas e obedientes às regras gramaticais. Textos são, antes de tudo, exposições de expressões humanas que estão sujeitas a todo tipo de nuances e sutilezas.

Na comunicação humana, especialmente no uso da linguagem, pequenos detalhes, ínfimas alterações, mudanças enfáticas e disposições diversas podem dar sentidos completamente diferentes ao que se está querendo dizer. Perceber essas sutilezas e ter sensibilidade para trabalhar com elas é o grande desafio do escritor – e o que o torna grande.

Não há um texto em relação ao qual eu me disponha a trabalhá-lo e, por mais simples que ele seja, não me ofereça um grande desafio. Tudo isso torna o estudo da arte da escrita uma aventura.

Por isso, escrever é minha paixão e o desafio de tentar tornar essa paixão uma obra de arte é o meu estímulo de todo dia.