rico-e-pobreAté um tempo atrás, as pessoas enxergavam como excêntrico o cara que lia poesia russa, ouvia ópera e falava obedecendo estritamente as regras gramaticais vigentes no século XIX. Hoje, para ser considerado assim, já nem precisa de tanto. Basta gostar de ler qualquer coisa, ter ojeriza à funk, forró e sertanejo e saber conjugar o verbo na segunda pessoa do singular. A lumpemproletarização da burguesia já aconteceu e hoje são todos iguais, chafurdando-se alegremente no lodo incultural.