Uma DÍVIDA INTELECTUAL se torna evidente quando o pensador percebe que suas próprias ideias, ao tentar rastreá-las até sua origem, esbarram nos ensinamentos de seu mestre. Chega a ser assustador – e para os mais vaidosos, irritante, perceber que suas próprias palavras não se parecem mais que comentários repetitivos do que o professor falou. Isso acontece com todo mundo, sendo algo corriqueiro para o intelectual ver-se repetindo razões de autores que lera há muito tempo, sem sequer lembrar que tais razões vieram dele. Em relação ao Olavo de Carvalho? isso ocorre o tempo todo, não apenas comigo, mas com a quase totalidade dos novos intelectuais conservadores e liberais. Quando assisto debates entre o mestre e os outros, a impressão que sempre tenho é que os comentários dos outros soam apenas como repetição daquilo que o Olavo já ensinara e expusera. Eu mesmo, quando tive a oportunidade de conversar com ele, senti-me apenas um eco. Nisso, vejam, não há nenhum tipo de equívoco, nem idolatria, nem rebaixamento. Apenas é a demonstração clara que Olavo de Carvalho é o mestre inconteste dessa nova geração de pensadores. Quem tenta negar isso torna-se, invariavelmente, esquecido e sem voz, pois se for para ouvir um pensamento original, melhor é dar atenção ao possuidor dessas ideias e não aqueles que apenas esqueceram de onde as suas vieram.