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Fake News dos outros

Para a grande mídia, as Fake News são sempre as dos outros. Isso ficou muito claro, para mim, quando eu li o livro do jornalista inglês, Matthew D’Anconna, chamado ‘Pós-verdade: a nova guerra contra os fatos em tempos de Fake News’. O pressuposto desse livro é muito simples: o que a mídia tradicional publica é verdade; o que a contraria, falso. Para essa imprensa oficial, que se considera a única e verdadeira, tudo o que não sai de suas próprias prensas é tido por suspeito de antemão.

A verdade é que as mídias independentes, surgidas no advento da internet, tendo domado esse ambiente ao qual os jornais tradicionais ainda não souberam se adaptar, e não estando presas às determinações editoriais de redações tomadas por militantes ideológicos, nem submetidas aos interesses dos proprietários historicamente comprometidos com o poder estabelecido, sentem-se livres para apresentar as notícias de uma maneira muito mais dinâmica e imparcial. Os leitores percebem isso e começam a escolhê-las como as suas fontes preferenciais de informações, tornando-as cada vez mais influentes.

Com a profusão, casa vez maior, do jornalismo alternativo, o bloqueio montado pela imprensa está sendo furado, oferecendo aos leitores outras perspectivas, o que tem contribuído para se colocar em discussão o viés das empresas jornalísticas tradicionais e revelar as mentiras que elas vêm contando há anos, fazendo com que, cada vez mais pessoas, percebam o quanto foram manipuladas e comecem a se vingar, deixando de ouvi-las.

Em um esforço desesperado para manter seu controle da narrativa e poder continuar servindo os interesses para os quais trabalha há décadas, restou para a grande mídia tentar eliminar a concorrência, calando os jornalistas de fora de seu círculo.

Quando a grande mídia acusa as mídias alternativas de falsificadoras de notícias, o que ela está tentando fazer é esconder suas próprias mentiras. Quem acompanhou o Brexit e as eleições americanas e brasileiras viu claramente como a imprensa agiu de maneira bem pouco fiel à verdade. Assim, para livrar-se das acusações que pesam sobre ela, sua tática tem sido o uso da bem conhecida técnica de acusar os outros daquilo que ela mesmo faz. Ou seja, grita ‘Fake News, Fake News’, enquanto mente descaradamente.

O fato é que a força crescente do jornalismo independente tem deixado a imprensa tradicional desesperada e tentar destruir aqueles que a ameaçam é o que lhe resta. Espalhar que são os outros que estão disseminando notícias falsas parece, neste caso, a maneira mais óbvia que ela escolheu para tentar sobreviver e ocultar seu próprios crimes e pecados.

A autodefesa da grande imprensa

Para a grande mídia, as Fake News são sempre as dos outros. Isso ficou muito claro, para mim, quando eu li o livro do jornalista inglês, Matthew D’Anconna, chamado Pós-verdade: a nova guerra contra os fatos em tempos de Fake News. O pressuposto desse livro é muito simples: o que a mídia tradicional publica é verdade; o que a contraria, falso. Para essa imprensa oficial, que se considera a única e verdadeira, tudo o que não sai de suas próprias prensas é tido por suspeito de antemão.

E, hoje em dia, seu alvo principal tem sido as mídias independentes que surgiram, principalmente, com o advento da internet, e vêem fortalecendo-se a cada dia, começando a serem vistas como um risco à sobrevivência dos jornais tradicionais.

O certo seria, então, que a grande mídia fizesse uma autocrítica, tentando entender as razões porque vem perdendo terreno para o jornalismo avulso. Porém, faz autocrítica quem pretende honestamente rever suas atitudes, e o que estamos testemunhando é uma imprensa desonesta, que tem mentido, distorcido e omitido deliberadamente.

Chega a ser revoltante ver esses jornalões, que vem lançando mão de todas os meios possíveis para enganar seus leitores, com notícias tendenciosas e opiniões enviesadas, acusar as mídias alternativas de praticarem Fake News.

Mas, de certa maneira, tudo isso é compreensível. O ataque da grande mídia às mídias independentes não passa de um ato de autodefesa.

A imprensa tradicional não quer perder o seu poder. Basta ver que, até aqui, foi ela quem deteve o monopólio da narrativa. Foi ela que sempre determinou quem eram os heróis e quem eram os vilões da história. Com isso, obviamente, ela cometeu terríveis injustiças. Mais ainda, ela dirigiu a cultura do país para onde quis – e o que ela quis não está exatamente de acordo com o que as pessoas comuns querem também. E o que ela pretende é manter-se como a direcionadora do pensamento nacional. O problema, porém, é que a profusão de mídias independentes está furando esse bloqueio, apresentando narrativas alternativas, colocando em discussão o viés da grande mídia e desmentindo muito do que ela vinha contando ao público há muito tempo.

Esconder as próprias mentiras, nesse caso, passa a ser uma questão de sobrevivência. Quando ela, então, acusa as pequenas mídias de serem propagadoras de Fake News, na verdade, está desviando a atenção do leitor de suas próprias artimanhas.

Isso porque, essa grande imprensa, aproveitando-se da credibilidade que adquiriram em sua existência secular, tem abusado dos recortes dos fatos, da omissão de dados, das conclusões sem fundamento, do enviesamento da notícia, quando não da prática da mentira pura e simples para destruir seus inimigos escolhidos. Seu reconhecimento como, ainda,  fonte idônea de informações, tem servido como escudo nessa guerra suja que promove.

Quando esses jornais acusam as mídias independentes de falsificadores de notícias, o que eles estão tentando fazer, na verdade, é esconder suas próprias mentiras. Quem acompanha, de forma isenta, a atuação desses grandes jornais nos últimos anos e, mais especialmente, nas eleições americanas e, agora, em nossas eleições aqui no Brasil, vê claramente o quanto eles têm agido de maneira bem pouco fiel à verdade dos fatos. As pessoas estão percebendo isso e, para tentar livrar-se das acusações, o melhor a fazer acaba sendo usar a tática já bem conhecida de acusar os outros daquilo que ela mesmo faz.

No fundo, o que a grande mídia quer é eliminar a concorrência nestes novos tempos quando se sente ameaçada pelas novas formas de comunicação – a qual, digamos, ela ainda não conseguiu se adaptar. É que as mídias independentes estão tornando-se, gradativamente, as fontes preferenciais dos leitores. Não estando presas às determinações editoriais de redações tomadas por militantes ideológicos, nem submetidas aos interesses de proprietários historicamente comprometidos com o poder estabelecido, elas sentem-se livres para apresentar as notícias de uma maneira muito mais dinâmica e imparcial. E os leitores percebem isso e começam a escolhê-las como as suas fontes preferenciais de informações.

Obviamente, tudo isso tem deixado os jornalões desesperados e tentar destruir aqueles que os ameaçam é o que lhes resta. E espalhar que são os outros que estão disseminando Fake News é a maneira mais óbvia que eles escolheram para tentar sobreviver e ocultar seus próprios pecados.