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Mentes infectadas

Uma das maiores dificuldades de quem ingressa numa luta contra as forças ideológicas que tomaram o mundo é encontrar armas que sejam eficientes para derrotá-las. Tudo o que se usa contra elas parece ineficaz. Chega a ser frustrante tentar derrotar esse inimigo e ver que ele continua firme e forte e continua fazendo a cabeça do povo.

O fato é que a ideologia socialista formou a cultura mundial contemporânea. O marxismo é o maior empreendimento cultural da humanidade, tendo formatado a mente das últimas gerações. Com isso, praticamente tudo o que se pensa hoje em dia, e a forma como se pensa, são moldados pela maneira socialista de se pensar.

Então, mesmo quando se discorda das propostas ideológicas e até quando se propõe a lutar contra elas, geralmente faz-se isso usando das mesmas categorias de pensamento ensinadas pela ideologia. Inclusive, a linguagem é a mesma.

Porém, ao enfrentar a ideologia usando das mesmas categorias de pensamento e linguagem da ideologia, não é mais possível derrotá-la. Isso porque toda a linguagem socialista e suas categorias de pensamento existem exatamente para corroborar a visão de mundo do socialismo. Repeti-las já é confirmar essa visão de mundo.

Só um pensamento livre da influência da ideologia permite ter uma visão de mundo natural e apenas a visão natural é capaz de contrapor a ideologia com eficiência, desnudando-a.

Por isso, é imperioso resgatar uma visão natural da vida – uma visão que existe antes da infiltração da ideologia. No entanto, essa não é uma missão fácil de ser cumprida depois que toda a nossa percepção foi infectada. Para isso, é preciso fazer um trabalho de desconstrução muito forte, que afaste da imaginação coletiva todo o lixo ideológico que foi jogado dentro dela nos últimos cem anos.

Quando as regras não resolvem

Pessoas normais acreditam que a sociedade é regida por dois fatores: as leis e a linguagem. As primeiras forneceriam a ordem jurídica, a segunda a ordem comunicativa. Ambas permitiriam que o tecido social se mantivesse equilibrado e harmônico.

Com esse pensamento, pessoas normais apostam que as disputas sociais podem e devem ser resolvidas nesses dois campos. Assim, insistem, por um lado, na atuação por meio dos poderes legislativos e judiciários e, por outro, através da comunicação em mídia e outros meios culturais e pedagógicos.

No entanto, os países não são necessariamente dirigidos por pessoas normais. Geralmente, existem neles forças estabelecidas, que são os verdadeiros donos do poder, formadas por pessoas com deformidades psíquicas, especialmente psicopatas. Forças que tem como único objetivo perpetuar e expandir seu poder e que não têm qualquer compromisso com vidas que não façam parte de seu círculo interno. Às vezes, essas forças estão a favor do governo estabelecido, como na época da presidência de Fernando Henrique Cardoso, outras vezes, contra, como agora, com Bolsonaro. Há, ainda, épocas que esses poderes entram em acordo, ainda que temporário, com o governante, como na era PT.

O mais importante, porém, é entender que esses poderes ocultos são poderes patocratas, formados por pessoas com deformidades psicológicas, para as quais as normas jurídicas e linguísticas não passam de regras esquisitas, pertencentes ao mundo dos outros (do homem comum), às quais são, para esses psicopatas, incompreensíveis e impossíveis de adequação.

A verdade é que, para os psicopatas, as normas jurídicas e linguísticas são limites artificiais, criados por pessoas pertecentes a outro mundo. Por isso, para eles, essas regras não têm valor intrínseco algum. Eles sabem que desrespeitá-las pode lhes trazer problemas, mas não vêem nenhum outro motivo, senão a autoproteção, para segui-las.

No entanto, os psicopatas logo entendem uma coisa: o quanto essas regras são indispensáveis para o homem comum e o quanto ele não sabe atuar fora delas. Assim, os psicopatas descobrem que se souberem manejá-las de maneira inteligente, podem fazer delas uma arma importante em prol de seus objetivos.

Sendo assim, os psicopatas aprendem a manipular as leis a linguagem em seu favor, desenvolvendo um duplo padrão para cada uma delas. Aparentemente, seguem-nas, evitando, com isso, contratempos dispensáveis. Quando acham necessário, porém, não têm nenhum pudor em subvertê-las, quando não invertê-las, para que elas trabalhem em seu favor. Assim, os poderes patocratas seguem as leis e a lógica apenas na forma, para evitar desgastes e rupturas desnecessários para seus governos.

Isso cria um grande problema para as pessoas comuns, para as quais tudo o que está fora das regras legais e linguísticas, simplesmente, não têm valor. Assim, acabam tornando-se vítimas dos psicopatas, que fingem seguir as regras, quando, na verdade, estão pouco se importando com elas.

Por isso, combater forças patocratas apenas por meio da justiça e da disputa narrativa é tão inócuo. Quem faz isso, ingressa num jogo desigual, onde para um lado (o das pessoas normais) existem regras rígidas e princípios a serem seguidos, enquanto, para o outro, dos psicopatas, tais regras são apenas um instrumento que pode ser manipulado e desprezado conforme os interesses e objetivos exigirem.

Por isso, as pessoas normais precisam entender que as regras que conduzem suas vidas possuem eficácia limitada na disputa contra os poderes patocratas. Acreditar que a mera judicialização e o mero confronto de narrativas é suficiente para derrotá-los é ingenuidade. Ter plena consciência disso é imprescindível para não entrar nessa guerra já derrotado.

Cultura marxista

Há quem ria da expressão “cultura marxista”, pois não consegue conceber o marxismo para além de uma ideologia, de uma proposta de sociedade, quando não de uma mera concepção sobre economia. Para estes, marxismo seria uma ideia existente dentro de uma cultura, apenas.

A verdade é que o marxismo possui todas as características de uma cultura, como o conjunto de conhecimentos, pensamentos, símbolos, linguagem e concepções que moldam a mente de um determinado grupo de pessoas, formatando a forma delas de conceberem a vida e a sociedade.

O marxismo tem uma base filosófica e de crenças que forjou um universo de ideias, hipóteses, reflexões e propostas, além de manifestações artísticas e espirituais, que se impregnaram na mentalidade comum, e que é manifestada de forma inconsciente por quem é afetado por ela. E não há nada que caracterize mais uma cultura do que ter pessoas comuns refletindo os fundamentos de uma forma de conceber a existência sem que percebam isso. Cultura é exatamente a modelagem da mentalidade coletiva e o marxismo fez isso com louvor.

Hoje, há toda uma geração que fala, pensa e age de acordo com os preceitos marxistas, vê o mundo por sua perspectiva e concebe a própria existência de acordo com o que o marxismo propõe. Isto é prova de que há uma cultura marxista e ela é abrangente e com penetração profunda.

Por isso, é quase impossível contrapor-se ao marxismo por meio de argumentos meramente racionais. Sendo uma perspectiva existencial, o influenciado pelo pensamento marxista não está aberto para razões que escapem da forma de pensar do marxismo. Quem quer se opor ao marxismo precisa entender que vai ingressar em um choque de culturas, não de ideias; que vai enfrentar uma visão de mundo diferente da sua e que seus argumentos não terão o mesmo efeito na mente daqueles que por ela estão formatados.

O problema é que muitos daqueles que combatem o marxismo não querem alinhar-se com uma cultura, mas preferem lutar apenas com suas razões autônomas e força pessoal. Neste caso, seu combate é inócuo. Afinal, é preciso entender que a derrocada do marxismo seria como a derrocada de uma civilização: só pode vir por meio de sua substituição por uma cultura mais forte, mais ampla e mais eficiente.

Gramsci devedor de Descartes

Sem dúvida, Gramsci obteve mais sucesso de que seus irmãos revolucionários. Enquanto estes, apesar de tomarem rapidamente o poder e até permanecerem nele por um bom tempo, viram ruir suas conquistas, com um castelo de cartas destruído por um sopro, o gramscismo permanece em sua lenta e gradual marcha pela hegemonia cultural e política, fortalecendo-se a cada dia, sedimentando cada vez mais suas bases.

Se destruir o comunismo fora uma questão de força e inteligência, acabar com a mentalidade formada por décadas de aplicação do método gramscista é algo bem mais complicado, pois envolve a capacidade de penetração na alma humana e alteração de suas visões e até percepções.

Mas Gramsci não obteria nada se já não houvesse, na mentalidade da sociedade, algum tipo de veneno, que servisse como preparador do espírito humano para recebê-lo. E tal foi ministrado, ainda no século XVII, por Descartes, que o mundo Ocidental moderno reconheceu como um pai.

Foi o pensador francês que, ao colocar o indivíduo, em sua subjetividade, em posição de vantagem em relação às conquistas coletivas da humanidade, na busca da verdade, ainda que tivesse a intenção de prepará-lo para o conhecimento, serviu mais para deixá-lo exposto à manipulação de quem soubesse entender a fraqueza do ser humano.

E parece até que Gramsci guardou a lição de Descartes, que chegou a escrever que não seria razoável que um partido tencionasse reformar um estado, mudando-o em tudo desde os alicerces e derrubando-o para em seguida reerguê-lo; nem tampouco reformar o corpo das ciências ou a ordem estabelecida nas escolas para ensiná-las (…) O melhor a fazer seria (…) retirar-lhes essa confiança, para substituí-las em seguida ou por outras melhores, ou então pelas mesmas, após havê-las ajustadas ao nível da razão.

E quem pode negar que a mais eficiente ação gramscista não foi mesmo minar a confiança que as pessoas possuíam em suas tradições, costumes e até em suas próprias percepções naturais, para depois insuflar nelas suas loucuras ideológicas? Ela, aos poucos, abalou tudo, porém, não oferecendo aquilo que, idealmente, Descartes pretendia, que era um suposto ajuste do pensamento à boa razão, mas, sim, deixando as pessoas abandonadas, à mercê de qualquer coisa que se lhes oferecesse como solução para o vácuo deixado.

Foi, então, nessa brecha aberta que começaram a passar as novas ideias, que, contudo, não passavam das mesmas velhas ideologias, apenas travestidas de novidade. Foi, assim, que Gramsci parece ter vencido, porém não sem ter de devotar a Descartes o louvor por ter preparado a alma humana para recebê-lo.

 

Denuncismo e a tática do caos

As pessoas se enganam com essa onda de denuncismo que toma conta do país. Para um observador desatento pode parecer que vivemos um momento de moralismo, quando os criminosos são apontados e as vítimas protegidas. Não há um dia na grande mídia que não se fale contra o preconceito, a intolerância, a violência e a necessidade de reconhecimento da igualdade de todos. Para um neófito, que ainda não entendeu o que é o mundo moderno, soa como se vivêssemos em uma sociedade tomada de pessoas preocupadas com o bem estar do próximo.

No entanto, basta uma observação um pouquinho mais cuidadosa para perceber que aqueles que tomam a frente das acusações são os mesmos que, antes disso, estimulam os atos que denunciam. Fomentam a imoralidade e o sexo livre, depois dizem que há uma cultura do estupro ou da exploração sexual. Conclamam as mulheres a fazerem o que bem entendem com seus corpos e abrirem mão de qualquer pudor, depois dizem que elas são tratadas como objeto. Promovem a relação entre gerações, inclusive em programas para adolescentes, e depois denunciam a pedofilia. Estimulam os negros a se orgulharem da raça e fazerem provocações baseadas nisso depois apontam o preconceito racial. Dizem que as mulheres devem se bastarem a si próprias e não devem respeitar homem algum, depois denunciam a violência doméstica. Falam que os padrões sexuais e o recato devem ser esquecidos e apontam aqueles que refletem isso na linguagem como quem está praticando assédio.

Apenas alguém muito desatento não vê que a tática dos movimentos coletivistas é idêntica à do diabo, que estimula o pecado para depois acusar o pecador.

O que eles querem, na verdade, não é a paz, a segurança, muito menos a moralidade ou a estabilidade social. Seu único objetivo é criar um clima de guerra e de animosidade entre os grupos. Isso porque, como bons marxistas que são, o que eles querem é o caos, para do caos extrair a hegemonia que tanto perseguem.

Quem dá ouvidos à provocação dessa histeria coletiva e a essa onda de denuncismo está, sem saber, colaborando, não para solucionar os problemas tratados, mas para fortalecer os velhos tiranos que se apresentam em novas roupagens.

 

A cultura do estupro é mero diversionismo

feministas-se-manifestandoDentro da estratégia gramsciana de hegemonia, uma tática usada amplamente é o diversionismo. E este consiste em, simplesmente, criar algum tipo de confusão, como discussões, debates e indignações, fazendo com que todos comecem a prestar atenção nisto, tirando do foco do problema principal que, normalmente, denuncia aqueles mesmos que estão tumultuando.

Esse diversionismo também é uma forma de manter o controle do debate, não permitindo que questões novas sejam levantadas, ameaçando, assim, revelar a verdadeira natureza dos fatos e, ainda, capitalizar sobre o problema, fazendo com que até situações que, em princípio, seriam prejudiciais ao movimento, acabando por contribuir para seu fortalecimento. Continue Reading

O funk e os responsáveis pela loucura carioca

funk-cariocaQuando a sociedade chega em um estágio em que a brutalidade deixa de ser um acidente, mas passa a fazer parte do noticiário cotidiano, é um equívoco achar que isso pode ser corrigido apenas com leis mais duras e ação policial mais efetiva.

Eu sou favorável, sim, ao endurecimento das penas e acredito que a polícia deve ter instrumentos mais fortes de ação, mas não me engano quanto à efetividade dessas ações, quando pensadas de maneira isolada.

Pedir maior atuação do governo, sem se preocupar com o problema de fundo, que é cultural, serve apenas para fortalecer o poder estatal, tornando o país cada vez mais próximo de uma verdadeira ditadura. Continue Reading

Os sequestradores da cultura

A histeria generalizada, do meio artístico engajado, por causa da extinção do Ministério da Cultura, é o reflexo de uma mentalidade que extrapola os próprios meios culturais e invade toda a concepção de como se deve dirigir um país.

Como são todos socialistas, sua característica mais marcante é uma confiança absoluta de que tudo dever ser feito a partir de um planejamento centralizado. É a crença de que, não apenas a economia, mas todas as coisas devem ser dirigidas e orientadas conforme a determinação de um grupo de iluminados – os únicos capazes de dizer o que é bom e ruim para a sociedade.

Na verdade, os socialistas odeiam tudo o que diz respeito à liberdade individual, simplesmente porque não acreditam que os indivíduos são capazes de, por si mesmos, darem conta de suas necessidades. No fundo, acham que as pessoas são tão burras e tão más que, se deixadas à própria sorte, farão apenas idiotices.

Um governo socialista, centralizador por essência, trata as pessoas como estúpidas, impondo sobre elas regras e planos exatamente por entendê-las incapazes de gerir suas próprias vidas. Isto é um tanto irônico, pois são os comunistas que se apresentam como amigos dos pobres, irmãos dos necessitados, companheiros dos cidadãos. Na prática, porém, o que fazem é calar a voz de todos, sufocar sua criatividade e informar que quem manda, de fato, são eles, os donos da verdade ideológica, pois são os detentores do conhecimento do bem e do mal.

Os socialistas não conseguem conceber nenhuma área da vida humana em que são os próprios indivíduos que determinam as soluções, deixando o Estado à parte disso. Para eles, é um escândalo virar as costas para o governo e dizer que farão as coisas por si mesmos. Em suas mentes, é inconcebível planejar algo sem a chancela dos burocratas do partido.

O pior é que isso não abrange apenas sua relação com a economia e a educação – áreas tradicionalmente dominadas pelos marxistas. A cultura também é sequestrada em favor da ideologia do grupo. Aliás, o termo marxismo cultural, cunhado para indicar a estratégia de dominação da cultura, não existe por acaso. O que os comunistas querem é ter o monopólio das ideias e estas não encontram melhor meio de difusão do que através das expressões artísticas, principalmente as populares, que possuem grande penetração nas massas.

Dominar a cultura de um pais é ser a única voz ouvida, é ter o domínio da informação, é poder criar modas e dirigir pensamentos e comportamentos. Quando, portanto, eles reclamam da extinção do Ministério da Cultura, na verdade, sua preocupação está longe de ser por causa de alguma perda que a cultura nacional possa sofrer. O que eles lamentam é não ter mais em suas mãos os meios financeiros abundantes que o governo oferece, para poderem solidificar ainda mais sua hegemonia. Eles choram, não por causa da sociedade, que seria a prejudicada pelo corte, mas por causa deles mesmos, que não terão a máquina pública disponível para implementar seus planos maquiavélicos de dominação de corações e mentes.

Evidentemente que os defensores do MinC dirão que a função do órgão seria apenas facilitar e promover as expressões artísticas, servindo como um tipo de mecenas da cultura brasileira. Quem acredita nisso, porém, dá prova evidente de inocência. Na prática, a estrutura do ministério serve para financiar os artistas que se dispõem a servir como propagandistas da ideologia do partido.

Até porque a cultura, mais do que outras áreas da vida social, não pode ser uma expressão determinada por uma plêiade de intelectuais. Aliás, falar em cultura nacional como algo estático e passível de direcionamento já é uma aberração. A arte se faz pela exteriorização das percepções pessoais e a formação de uma cultura se dá pelo acúmulo dessas manifestações. Quando a cultura passa a ser pública, simplesmente, ela perde contato com aquilo de que ela depende diretamente, que é a expressão da alma do indivíduo.

O problema é que quando eles falam de arte, muito pouco se referem à alta cultura, à literatura superior, à música erudita e todas essas manifestações que deveriam ser a base da construção artística nacional. Arte, para eles, é qualquer expressão musical, cinematográfica, televisiva, literária ou teatral, por mais pobre que seja. Não interessa, para eles, a qualidade. Pelo contrário, são até repelentes quanto à arte superior. Gostam mesmo é da chamada arte popular, aquela que penetra fácil na massas e é absorvida por elas. Tal preferência tem um motivo óbvio: como o interesse desse pessoal não é promover a cultura de maneira alguma, mas fazer a cabeça do povo, nada melhor do que lançar mão daquilo que agrada as pessoas, que conversa com elas diretamente, que vai ser imitada de imediato.

Por isso, ter em suas mãos um instrumento como o Ministério da Cultura, que lhes permite financiar e favorecer os artistas mais alinhados com sua ideologia, é essencial. Ao perderem essa fonte de recursos, eles sabem que terão que disputar a luta cultural não mais como os detentores do poder, mas apenas como mais uns entre tantos na busca de serem vistos e reconhecidos. É claro que eles ainda têm uma vantagem enorme, pois há décadas promovem a dominação de todos os meios de expressão cultural e artística. No entanto, sem os recursos do governo e, agora, com a evidente ascensão da direita, não apenas na politica, mas também na cultura, o maior medo deles é perder, de vez, a hegemonia.

Alguns vão dizer que a lamentação desses artistas é por um motivo mais trivial: eles perderam a fonte de onde sugavam dinheiro para eles mesmos. No entanto, acreditar nisso foi a razão deles terem sucesso na dominação da cultura no país. Dinheiro não é tudo, muitos dizem. E não é mesmo. O poder, muitas vezes, atrai muito mais. E não há melhor meio de se adquirir poder do que ter o monopólio do pensamento. É exatamente isso que eles buscam. E permitir que isso aconteça tem sido uma das principais funções do Ministério da Cultura.