Pode ser que você ache que o que eu escrevo se refere a muitas coisas diferentes e que, talvez, eu devesse focar mais em um assunto específico. É o Discursos de Cadeira, onde falo sobre política, comportamento, sociedade e tudo o me vem à cabeça, o NEC, onde trato de cristianismo e teologia, o Vida Independente, que é um blog sobre como desenvolver uma vida autônoma, o Liceu de Oratória, que é meu trabalho sobre comunicação, além de minha atividade como advogado. Para algumas pessoas, toda essa diversidade é muito dispersiva. Há quem prefira dedicar-se a um único tema e esmiucá-lo até seus últimos detalhes a saber sobre mais coisas, ainda que de forma menos obsessiva.
Eu até admiro quem consegue se debruçar sobre uma matéria durante muito tempo. Aliás, para ser um bom pesquisador este é um requisito essencial. No entanto, esta não é minha vocação. Eu necessito me alimentar de muitas coisas diferentes para me manter motivado e para não me entediar. Insistir em apenas um assunto se torna, para mim, maçante e é incrivelmente desestimulante.
Também, para continuar desenvolvendo minha criatividade e para que os insights continuem a ocorrer em minha cabeça, eu preciso me alimentar de vários inputs. O que me mantém ativo intelectualmente são as conexões diversas que eu mantenho, muitas aparentemente sem relação umas com as outras, mas que me fornecem material para eu pensar e escrever. São as diversas formas de ver o mundo que me permitem entendê-lo melhor e é essa confusão que me mantém em ordem.
No entanto, tudo isso só é possível porque, por detrás de toda essa aparente balbúrdia de pensamentos, existe uma unidade que abarca tudo e conecta todos esses assuntos. E é nisto que se encontra a grande aventura dessa viagem intelectual! O mais emocionante nisso é a busca por encontrar o sentido fundamental que sustenta todas as idéias, todos os temas, todas as disciplinas. No fim das contas, tudo está de alguma maneira ligado por uma Razão comum e nela têm seu sentido.
Pode ser que eu seja tido por eclético, mas toda essa variedade só é possível e só faz sentido porque eu possuo uma convicção muito sólida e um conhecimento muito definido sobre o Logos que sustenta tudo.