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Incentivo forçado

Começou, aqui no Brasil, a implantação da exigência do chamado passaporte sanitário para o ingresso em lugares públicos ou privados abertos ao público.

Alegam, os governos e as instituições envolvidas, que não há com que se preocupar, pois nenhum direito está sendo violado, afinal, essa determinação tem o simples objetivo de estimular a população a regularizar sua situação em relação ao esquema de imunização disponibilizado pelas autoridades.

No entanto, um estímulo, por definição, é um incentivo oferecido com o objetivo de impulsionar alguém a fazer algo. O que as autoridades querem dar a entender é que estão simplesmente tentando persuadir as pessoas a tomarem os imunizantes.

Todavia, se é um mero estímulo, as pessoas deveriam ser livres para escolher participar ou não do esquema proposto. Só que, para que haja liberdade de escolha, é necessário que as opções propostas sejam minimamente proporcionais.

A oferta, porém, não deixa dúvidas: se a pessoa cumprir o determinado poderá manter todos os direitos, se não cumprir terá esses direitos suprimidos. Ou seja, não há proporcionalidade alguma. Portanto, não há liberdade de escolha, mas evidente coação.

Logo, poderia até ser possível discutir a eficácia dessa medida e até mesmo sua moralidade. Porém, que seus implantadores não sejam cínicos, fingindo se tratar de um mero estímulo, quase como se fosse uma campanha de conscientização.

Que sejam sinceros e assumam que se tratam de determinações impositivas, de medidas de repressão. Mas, talvez, isso seria esperar demais daqueles que sempre viveram de falácias.

Empatia seletiva

Empatia, quando reivindicada em certos casos e esquecida em outros não é empatia, mas hipocrisia. Por isso, quando a exigem em relação afetados pela doença, mas desprezam-na quando se trata das famílias arrasadas por falta de trabalho, eu logo concluo que há algo de errado.

Saúde vem antes da economia, dizem. Porém, o pensamento subjacente a essa afirmação é que economia não importa. Afinal, pensam, economia resume-se a trabalho e dinheiro. Como o primeiro odeiam-no sempre e o segundo quando em mãos alheias, não há motivo para se importar.

O fato é que, na mentalidade geral, o empresário, o prestador de serviços, o comerciante não são dignos de pena. Afinal, são meros capitalistas correndo atrás do vil metal. Que importa, então, se seus meios de subsistência são tolhidos? Talvez, assim até aprendam que existem coisas mais importantes do que o dinheiro.

Na verdade, toda essa insensibilidade em relação aos problemas econômicos tem muito de uma cultura que odeia o empreendedor; que sente até um certo prazer quando vê um deles indo à bancarrota.

Por isso, não me engana esse excesso de empatia por causa da questão sanitária, a ponto de dar de ombros para a ruína econômica do vizinho. Muitas vezes, ela apenas revela um ressentimento que encontrou a circunstância ideal para se manifestar.

Medicina de esperança

Quase toda a celeuma existente em relação à administração da hidroxicloroquina em pacientes com a gripe chinesa encontra-se no fato de seus críticos concluirem que ela não cure. Dizem estar obedecendo, assim, às rígidas normas científicas. Acabam se tornando, então, verdadeiros militantes contra sua administração, tratando os defensores dela como estúpidos ou criminosos.

No entanto, na origem de suas convicções encontra-se um erro de pensamento: em geral, confundem a ausência de evidência de cura com a evidência de que o tratamento não cura. Trata-se de um equívoco lógico, portanto.

É verdade que, de acordo com os protocolos científicos, que é convencional, diga-se de passagem, a administração da hidroxicloroquina em pacientes com coronavírus não apresenta evidências de cura. Por outro lado, segundo diversos estudos, existem sérios indícios de que ela colabora para o restabelecimento da saúde dos doentes.

Além disso, o histórico do uso da hidroxicloroquina em pacientes com outras enfermidades acumula provas suficientes de que ela não causa efeitos colaterais sérios.

Considerando, portanto, os índicios de cura e a ausência de efeitos colaterais, aliados à inexistência de qualquer tipo de tratamento eficaz contra a doença, a administração da hidroxicloroquina acaba se tornando, no mínimo, uma esperança, fazendo dela algo aconselhável.

O que é incompreensível é tratarem o uso da hidroxicloroquina como se fosse um veneno a ser administrado nos doentes. Quem faz isso, mostra que não entende nada de ciência ou, simplesmente, possui outras motivações.

O que é normal

Sobre o chamado “o novo normal”, meu amigo, Klaus Tofanetto, lembrou que Gustavo Corção certamente acharia essa expressão uma grande besteira, já que ele considerava que a ideia de normalidade baseada na prática da maioria estava errada. Segundo o escritor carioca, os comportamentos não poderiam ser medidos dessa maneira.

Mas, o que é normal, afinal?

Uma das formas de identificar a normalidade é observando a regularidade. Aquilo que acontece com constância, geralmente, passa a ser tido por normal.

No entanto, nem toda regularidade pode ser considerada normal. Antes de tudo, é preciso identificar qual é a fonte dessa regularidade.

A regularidade comportamental, muitas vezes, pode ser fruto de determinações governamentais, de convenções humanas, de hábitos adquiridos (inclusive vícios) e mesmo de situações extraordinárias e passageiras.

No entanto, se esse tipo de regularidade for o parâmetro para identificar o que é normal, a normalidade será algo instável, incerto – o que é o contrário do que se espera dela.

Na verdade, se o normal estiver sujeito às vicissitudes humanas, então não há normalidade alguma. Ele passa a ser algo absolutamente imprevisível, irregular.

A regularidade que fundamenta a normalidade só pode ser encontrada em algo mais estável, mais perene. A regularidade só pode vir daquilo que não muda conforme os tempos. Assim, apenas aquilo que é natural, no sentido de não ser uma artificialidade e fruto da engenhosidade humana, é que pode ser a origem do que é considerado normal.

Falar em “novo normal”, portanto, serve apenas para considerarmos natural aquilo que não é.

O normal só pode vir daquilo que naturalmente permanece. Todo o resto é invenção.

Carpideiras da pandemia

Eu não estou chorando pelos mortos dessa epidemia. Com exceção dos amigos e familiares das vítimas, quem diz que está também não. No meu caso, não porque eu seja insensível, nem porque eu não me importe. Eu apenas estou sendo sincero. No caso desses que dizem chorar pelos mortos, é diferente. Eles são hipócritas mesmo.

Todos esses que veem a público alardear seu choro pelos falecidos da praga chinesa não choraram durante todos os anos anteriores, quando vítimas e mais vítimas das mais diversas doenças tiveram suas vidas interrompidas. Pneumonia, infarto, câncer matam muito mais do que o corona já matou. E aí? Alguém chorou por elas, senão aqueles que as conheciam?

E quanto aos mortos pela violência brasileira? Esta sim uma ceifadora precoce de almas. Quantos desses que dizem derramar lágrimas pelos falecidos pelo vírus levantaram ao menos um lamento por eles?

Qual é a diferença? Por que os mortos de agora são mais merecedores de pranto do que todos os outros?

É que dizer que está chorando pelos mortos é uma maneira de mostrar-se superior. Ser uma carpideira da pandemia é uma forma de fingir que é mais humano que aqueles que insistem em atenuar o perigo.

Na verdade, estão dançando sobre os cadáveres, numa dança fúnebre, macabra, acompanhada de um canto triste, choroso, de voz embargada, mas de um cantor cheio de orgulho por lançar sua voz de maneira a que o público lhe admire.

São em meio à insanidade universal

Falar contra a unanimidade não é para qualquer um. Dá um desânimo, às vezes. Você tenta mostrar que as coisas não são exatamente como a mídia mostra ou como os governos tentam fazer parecer, mas a sensação é de estar clamando no deserto.

Em momentos de crise, quando parece que todo mundo está submerso no medo, submetendo-se bovinamente a qualquer tipo de determinação que prometa sua proteção, ainda que isto atente contra sua dignidade, ser uma voz dissonante é um grande desafio.

A impressão que se tem é de que estamos fazendo alguma coisa errada. Porque não é possível que o mundo inteiro pense de uma maneira e apenas eu e mais alguns malucos enxerguem a situação de uma maneira diferente.

Às vezes, até vacilamos ante o pânico generalizado. Afinal, ninguém é de ferro e se manter o tempo todo contra o fluxo da multidão não é tarefa fácil.

Por isso, a importância de tomar algumas precauções para não ser enredado pela histeria generalizada. Também a urgência de possuir alguns entendimentos para não cair em qualquer narrativa que lhe contem.

Para tanto, vou compartilhar algumas medidas profiláticas (que nada têm a ver com lavar as mãos, trancar-se em casa e usar máscaras), as quais, desde o início dessa pandemia, tomei e tem me ajudado e me manter são em meio à insanidade universal.

Desde o início, notei que as notícias eram muito desencontradas e que havia, além de tudo, muitas omissões e desinformações. Diante disso, a primeira providência que tomei foi diversificar minhas fontes de informações. Com isso, evitei ser guiado por uma visão única sobre os fatos, apenas.

Outra providência foi desconfiar de mim mesmo, pois este é um princípio que carrego comigo o tempo todo. Eu sabia que se me expusesse, ininterruptamente, às notícias alarmistas e às manifestações histéricas haveria uma grande possibilidade disso me contaminar. Assim, não tive dúvidas em silenciar toda fonte de manifestações que não fosse objetiva. Falou em linguagem apocalíptica ou aterrorizante, bloqueei ou deixei de seguir.

Havia, com isso, o risco de eu me fechar em uma bolha, alimentando-me apenas daquilo que corroborava minhas primeiras impressões. Para evitar essa situação tentei identificar aquelas fontes de informações que, independentemente da linha de raciocínio que seguiam, transmitissem seus dados da maneira mais fria e objetiva possível.

Cuidei, ainda, para não cair em um tipo de dissonância cognitiva, descrita por Leon Festinger, e sobre a qual eu explico mais detalhadamente em meu
texto “Espontaneidade Fabricada” (que pode ser encontrado em meu blog) que, em síntese, ocorre quando, ao ser obrigado a falar ou fazer algo, durante um tempo, que seja contra suas convicções íntimas, a pessoa começa a inclinar-se a adaptar essas convicções ao discurso ou ação a que é obrigada a fazer. Por esse motivo, evitei seguir as regras e os padrões impostos no momento. Não por mera rebeldia, mas exatamente para não assumir uma linha de conduta que pudesse influenciar as convicções que eu adquiria por meio dos dados que colhia.

Por fim, não tive receio de expor o que eu pensava. Isso porque, apesar de saber que essa atitude atrairia oposições, também tinha convicção de que outras pessoas, que viam as coisas como eu estava vendo, iriam aparecer e ajudariam-me a me manter firme. Fiz isso por acreditar que quando percebemos algo, dificilmente somos os únicos a perceber aquilo. Pelo contrário, certamente muitos outros já perceberam aquilo também.

O fato é que nunca é fácil posicionar-se contra o que se parece um consenso universal. Ser tido por louco, neste caso, é o mínimo que acontece. No entanto, a liberdade que se adquire e a sensação de independência que isso proporciona são incomparáveis.

Experimente!

Ataques ao indivíduo

Vá para casa, cale a boca, não discuta, não trabalhe, use máscara!

Será que é tão difícil perceber que tudo o que está acontecendo está sendo usado para enfraquecer o indivíduo? Este que sempre foi o último bastião da liberdade.

A história é a história de indivíduos. Não existe esse negócio de consciência grupal, inteligência coletiva. São os indivíduos que pensam, agem, decidem.

Aliás, a grande virada histórica do Ocidente ocorreu exatamente com o advento do cristianismo, que foi o responsável por valorizar o indivíduo, colocando-o no centro da existência.

E foi essa valorização do indivíduo que sustentou e conduziu o progresso ocidental. Se o Ocidente tornou-se o que se tornou foi principalmente porque o indivíduo foi reconhecido em sua importância e posição.

No entanto, é exatamente o indivíduo o principal alvo dos movimentos coletivistas desde o século XVIII. Quando o mundo alcança o século XX, as grandes revoluções caracterizaram-se principalmente por sufocar qualquer proeminência do indivíduo. Neles, o que importa é o bem comum, a vontade geral, a consciência coletiva.

Há três séculos, a marcha de civilização é uma marcha na direção do abafamento da voz do indivíduo. A pessoa só tem valor se refletir o anseio coletivo, sua voz só é ouvida se for um eco de vontade comum.

O momento atual, portanto, é apenas mais um passo (na verdade, um salto) nessa direção. A principal vítima de todas as ações das autoridades é o indivíduo.

O indivíduo está sendo isolado, aprisionado, impedido de se expressar. Também proibido de trabalhar, de empreender — ações que são expressões fundamentais do ser individual. Agora, está sendo inclusive obrigado a usar uma máscara que esconde suas expressões faciais, que é a forma exterior de sua personalidade.

Além disso, experimente levantar sua voz contra as certezas do momento (o vírus, sua letalidade, as maneiras de agir diante dele) e sinta o ódio que o mundo atual tem por qualquer manifestação dissonante.

Não se engane! O ataque principal das forças deste mundo não é contra governos, nem contra ideologias, nem contra grupos específicos, mas contra homens e mulheres, em suas personalidades individuais e manifestações únicas.

Nossa única opção, portanto, é resistir e isso, como nos for possível.

Servos da ciência

Quando perguntam qual o motivo de agir de determinada maneira diante de uma crise sanitária, a resposta é sempre a mesma: porque a OMS afirmou isso, porque tal médico disse aquilo, porque determinado cientista disse aquilo outro ou porque especialistas já fizeram seus cálculos e assim por diante.

Então, a partir disso, quase todos os pensamentos, que justificam os atos das pessoas, deixam de se formar pelo raciocínio direto, pelo pensamento lógico diante dos fatos que se conhece, por princípios universais, mas configuram-se pela aceitação indiscutível do que dizem as autoridades, principalmente se for uma autoridade científica.

O fato é que a ciência tornou-se uma deusa, e todos estão prontos para segui-la.

No entanto, se há algo neste mundo mais do que sabido é que a classe científica não é necessariamente formada apenas por homens de virtude ilibada. Nem a ciência algo que se deva confiar sem reservas.

Fraudes científicas são abundantes na história. Erros em trabalhos científicos, quase a regra. Além do fato de que praticamente toda ação política tirana ou genocida na modernidade fora suportada por alguma teoria científica respeitada.

Ainda assim, a maior parte das pessoas sofre de um viés de pensamento, que é quase irresistível: a submissão à autoridade. Há uma tendência por seguir as determinações daqueles que se encontram em uma posição especial, de maneira a jamais colocá-la em questão.

Há exemplos históricos abundantes de experiências psicológicas, como a de Stanley Milgram, descrita em seu livro ‘Obediência à autoridade’, que mostram como, em nome da autoridade da ciência, homens e mulheres são capazes de tomar atitudes que, em situações cotidianas, seriam consideradas inaceitáveis.

Não há nada de excepcional, portanto, em ver como as pessoas são capazes de submeter-se cegamente à deusa ciência, sacrificando em seu altar a própria consciência e o bom senso. E não surpreende constatar como elas são capazes de acatar cegamente as ordens das autoridades, ainda que essas ordens se mostrem claramente desproporcionais e malévolas.

Documentário ‘Pandemia’ e o que pode estar por trás do coronavírus

Uma produtora, a Zero Point Zero, com ligações íntimas com a Rockfeller Foundation, produz um documentário chamado Pandemia. Nele, conta a história de uma startup financiada pela Fundação Gates, a Centivax, que vem trabalhando para o desenvolvimento de uma vacina universal e definitiva, criada por meio da biotecnologia, que livrará os povos de qualquer epidemia ligada a qualquer vírus e, talvez, outras doenças mais.

Essa startup precisa de financiamento, então precisa convencer o mundo de que suas pesquisas são a salvação da humanidade. Também é preciso convencer o mundo que essa vacina precisa ser imposta a todos.

Para isso, apresentam, em tom apocalíptico, o risco que estamos correndo. A frase embasadora é: “A questão não é saber como, mas quando”. Segundo eles, uma pandemia, com chances de destruir a civilização, está às portas.

O documentário, então, passa a mostrar a vida dos profissionais ligados ao combate de epidemias: médicos, cientistas, vacinadores, voluntários, epidemiologistas e políticos que, como verdadeiros heróis, lutam para conscientizar a população sobre a necessidade de monitorar, vacinar e combater os focos das doenças. Mostra, ainda, todo o terror envolvido no combate aos vírus, fazendo o espectador ter uma visão catastrófica sobre o que seria uma pandemia.

A solução apresentada pelo documentário envolve o monitoramento quase que individual dos animais (foco principal de epidemias) e dos seres humanos (afinal, nós somos os patógenos, como eles dizem) – algo que apenas uma tecnologia avançada de controle poderia fazer.

Envolve também obrigar as pessoas a vacinarem-se, afinal, apenas as vacinas podem proteger-nos do eminente mal.

Mas toda história tem seus vilões. Os deste documentário são, antes de tudo, aquelas pessoas que, por motivo de consciência, são contra a vacinação obrigatória. Elas são tratadas no filme como obscurantistas, malucas, violentas e irresponsáveis.

Assim, o objetivo da produção é muito claro: convencer que a vacina universal e obrigatória é uma necessidade vital para a civilização e que investir no desenvolvimento dessas vacinas é uma obrigação moral. Além disso, o filme quer convencer que é preciso desenvolver formas de controle total e absoluto, onde cada pessoa deste mundo possa ser monitorada individualmente.

O que torna tudo isso ainda mais intrigante é que este documentário foi filmado durante o ano de 2019 e lançado, pasmem, em janeiro de 2020, quando a epidemia de coronavírus já era uma realidade.

Seus idealizadores sequer podem alegar que foram pegos de surpresa, afinal, como é mostrado no próprio filme: eles tem a capacidade de detectar epidemias já em seus focos animais; o vírus do coronavírus é um velho conhecido deles; além do que, eles têm total noção da força de disseminação de qualquer epidemia já em seus estágios iniciais.

Se nós pensarmos que se o objetivo de quem fez esse documentário é convencer o mundo da necessidade de financiar o desenvolvimento de uma vacina definitiva, que tornaria a gripe um problema superado para sempre, da vacinação obrigatória e do monitoramento individual, então a pandemia de coronavírus é o fato perfeito para isso.

E é bom você saber, também, que, em março, a Centivax informou que já vai começar a fazer testes em seres humanos.

Além disso, desde o ano passado, a China vem desenvolvendo um chip, para ser implantado nas pessoas, capaz de detectar a manifestação de qualquer vírus.

Sendo assim, quem suspeitar que possa haver interesses maiores por detrás da atual epidemia não está tendo delírios conspiratórios. Pelo contrário, ignorar essa possibilidade é que me parece sinal de cegueira deliberada.

Cloroquina e confinamento: não tem nada a ver com ciência

Dizem que tudo é pela Ciência; que devemos ouvi-la e atentar para suas orientações. No entanto, observe que, na prática, não é bem assim que acontece. A rigidez científica só é invocada quando ela dá suporte aos interesses de quem invoca; quando não, é descartada.

Veja o caso da cloroquina: em nome da Ciência, os experts estão relutantes quanto ao seu uso. Dizem que não há estudos que comprovem sua eficácia. Dizem, ainda, que não se sabe bem sobre seus efeitos colaterais, apesar do remédio ser administrado, sem grandes complicações, há décadas. Mesmo com diversos médicos usando-a com sucesso, não querem liberá-la. Enquanto isso, vidas vão se perdendo.

Agora, quanto ao confinamento, não tiveram a mesma rigidez. Invocando a Ciência, os experts confinaram o povo. Apesar de haver estudos que discordam desse método, insistem que é assim que tem de ser. Apesar de não haver qualquer prova de sua eficácia, além de indícios fortes de sua ineficácia, impuseram-no sem direito à apelação. Mesmo com os efeitos colaterais certos e, provavelmente, muito piores que a própria enfermidade, não hesitaram em submeter o mundo a ele.

Ou seja, para interesses diferentes usam critérios diferentes na invocação da Ciência. Como não querem a cloroquina, são rígidos, dizendo que não há evidências científicas. Por outro lado, como querem o confinamento, são frouxos quanto às evidências, exigindo que todo mundo siga determinações científicas que não possuem nenhuma comprovação de eficácia.

Portanto, a questão, na verdade, não é científica coisíssima nenhuma. E quem diz que devemos seguir o que os cientistas estão dizendo não tem nenhuma ideia do que está falando.