O cristianismo deu à luz a cultura que pariu a sociedade que rejeita, como um adolescente revoltado, seus próprios pais. Foi de dentro da cultura cristã que nasceram as ideias que tentam, até hoje, e cada vez com mais afinco, mostrar que o cristianismo não foi tão importante e, pelo contrário, representa o que há de obscurantista e atrasado.

Ingrata, a sociedade ocidental tem feito de tudo para desprender-se daquele que tudo lhe deu, inclusive aliando-se a seus inimigos. Por isso, não surpreende o crescente interesse pelas culturas orientais e a permissividade que se observa em relação aqueles que declaram ódio a seu modo de vida. Quando testemunhamos, por exemplo, o esforço por proteger o Islã da acusação de terrorismo, vemos o quanto as pessoas do Ocidente têm se esforçado por preservar seu próprios algozes.

O ódio que a sociedade moderna ocidental tem ao que é cristão só pode ser explicado por um rebeldia juvenil, um desejo estúpido de autonomia que, longe de oferecer liberdade, a lança nos braços de aliciadores. Acreditando que está ganhando sua independência, na verdade está se escravizando. Foge de quem lhe protegeu para deitar-se com quem lhe quer morta.

O Ocidente, se não voltar correndo para seu próprio lar, se não abandonar esse sonho de independência, se não reconhecer que sem respeitar suas origens nada é, se submeterá aqueles que querem abertamente sua destruição. Enquanto não perceber que negar a religião que lhe forjou é o mesmo que negar sua própria identidade, o Ocidente seguirá, a passos largos, para sua extinção como sociedade como a conhecemos.

Por isso, conforme o rumo dos acontecimentos, é bem provável que não tardará para que essa sociedade transloucada perceba o erro que cometeu e clame pelo socorro de sua genitora: a religião que ela fez de tudo para ser esquecida.