“A vida é cheia de desafios e um dos maiores é manter-se dignamente, no cumprimento de suas responsabilidades e obrigações, sem perder a vista do que é primordial. É ter aquilo que realmente importa sempre diante dos olhos, dando atenção apenas casual e eventual para as outras pendências”

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Ando escrevendo pouco, confesso. Culpa da dispersão. Sim, em meio a tantas tarefas acumuladas, minha mente não consegue se concentrar no compartilhamento de ideias que clamam por uma boa dose de concentração, abstração e sutileza.

Assim é a vida adulta. De repente, nos vemos dentro de uma avalanche de responsabilidades e dificuldades que nos jogam para lá e para cá. Por vezes, sinto-me como um joguete nas mãos do destino, que escolhe, por ele mesmo, por onde eu vou.

Quando, porém, consigo retomar o mínimo de serenidade e concentração me dou conta que tudo isso é como uma tentação demoníaca, me chamando para mordiscar qualquer fruto que me prometa independência.

É nesses momentos, no entanto, que meus olhos devem voltar-se mais para dentro. Sim, como um refúgio, é no profundo do meu coração que devo encontrar as verdadeiras e essenciais razões da minha vida. É nessa hora que se me deixar levar pela voz das necessidades talvez entre em um caminho sem volta.

A vida é cheia de desafios e um dos maiores é manter-se dignamente, no cumprimento de suas responsabilidades e obrigações, sem perder a vista do que é primordial. É ter aquilo que realmente importa sempre diante dos olhos, dando atenção apenas casual e eventual para as outras pendências.

No fim das contas, tudo é uma questão de amor. Se meu espírito em sua grandiosidade e nobreza é o que move a minha vida, nada o diminuirá. Protegerei-o, então, como a uma jóia, com as armas e os escudos que Deus me aprouver.