As utopias antigas acreditavam que o homem poderia ser reconduzido a um estado de perfeição, principalmente por meio de correções no que era identificado de falhas no sistema existente. Este foi o seu erro fatal. Por isso, considero-as, sem exceção, anticristãs. Simplesmente porque elas abrem mão de um dado essencial da revelação evangélica: de que todos somos seres decaídos e continuaremos sendo até que haja a redenção das almas. Portanto, não há leis, nem estruturas sociais, nem formas de governo que possam mudar isso. Não há utopia que possa transformar em realidade uma mentira. Este mundo não é perfeito e continuará não sendo. Nenhuma mudança nas estruturas sociais mudará isso. Não existe mais paraíso nesta terra.