Quando eu vejo a ânsia com que os jovens, nas discussões que acompanho nas redes sociais, disputam por quem é o mais inteligente, o maior conhecedor das coisas, sempre tão sisudos e levando-se tão a sério, eu penso o quanto eles estão perdendo, daquilo que estimam, o principal.

É que essa insolência intelectual arranca deles o melhor da vida de estudos: o prazer de ser como criança, puros e ingênuos, deixando com que a verdade lhes ensine, curiosos e empolgados, permitindo que o conhecimento lhes desperte a alegria do saber.

Quando o estudante começa a acreditar que é o sabichão, a felicidade de aprender se esvai. Quando o esforço por conhecer é motivado pelo desejo de mostrar-se mais inteligente que os outros, o que era para ser estimulante torna-se um peso irritante.

Estudar é apaixonante, mas para que seja assim é preciso manter-se humilde. Apenas a humildade permite com que o regozijo em aprender continue existindo. Só os humildes desfrutam do deslumbramento que as descobertas proporcionam.