Sempre ouvi, de pessoas que passam por momentos tristes em suas vidas, ou de outras que acreditam não haver muita felicidade nelas, ou simplesmente de quem diz não ver muito sentido nessa data, que preferem não “comemorar” o Natal.

Como querendo afastar-se de qualquer tipo de celebração, crendo que essa data só é válida se for passada como um festejo, essas pessoas escolhem ignorá-la, ou, no máximo, minimizá-la, transformando-a quase em uma data comum.

São esses que dizem que o Natal é besteira, que é um dia sem importância e que falam que apenas se reúnem nesse dia por causa das crianças ou por pressão dos familiares.

O que eu respondo para gente que pensa assim é que o Natal não é bem um festejo, nem mesmo uma comemoração.

Na verdade, o Natal tem duas características essenciais: é um memorial, ou seja, uma lembrança, mais ou menos ritualística, de um fato específico – no caso, o nascimento de Cristo; além disso, o Natal é também uma tradição, ou seja, algo que se faz, por séculos, no Ocidente e que, de alguma maneira, mantém viva sua história e personalidade.

Ninguém precisa estar feliz para celebrar o Natal, nem mesmo achar que essa deve ser uma data para encontrar-se alegre. Não é preciso beber muito, nem comer muito, nem encontrar-se com os amigos e familiares para se divertir.

O mais importante do Natal é manter viva nossas raízes, lembrando-se, a cada ano, de que foi o nascimento de um homem que permitiu e forneceu-nos os elementos para que fôssemos o que somos – como indivíduos e como povos.

Ignorar o Natal é quase como virar as costas para a própria herança e querer viver neste mundo como um ser isolado.

Celebre o Natal, sim! Do seu jeito, conforme seu estado de espírito. Só não deixe passar em branco uma data tão importante para você e para todos nós que nos orgulhamos de sermos civilizados.