Autor: Fabio Blanco

A mornidão dos debates políticos e a frouxidão da oposição

“Ninguém está querendo mudar muito o que já existe. No fim das contas, eles até podem disputar um cargo aqui, outro acolá, podem divergir em alguns pontos, podem até brigar um pouquinho para saber quem vai ocupar a cadeira no momento, mas, em termos gerais, nenhum deles quer que haja uma mudança substancial, pois a política como está posta é o que os tem sustentado por todos esses tempos”

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Os motivos do recrudescimento da perseguição aos cristãos

Chocou o mundo o vídeo que foi divulgado pelo grupo islâmico radical ISIS, com cenas da decapitação de um de seus reféns, o jornalista americano James Foley. Obviamente, as cenas são, além de impactantes, revoltantes. A violência daqueles jihadistas é de uma barbárie talvez comparável apenas a antigos povos guerreiros, mas, obviamente, em contexto completamente diverso.

Quem já há algum tempo acompanha a realidade da Igreja Perseguida pelo mundo, até que não se espantou tanto com o ocorrido com Foley, já que os cristãos vêm sofrendo martírios semelhantes, não apenas ali no Iraque, mas em outros lugares, como na Síria e na Nigéria.

O ambiente semelhante onde atuam esses grupos radicais é onde ocorre um vácuo de autoridade. Normalmente, são grupos que anseiam o poder em seus países de atuação e encontram pela frente, por motivos diversos, uma ausência de uma autoridade estabelecida ou sua fragilização. Este é o campo perfeito para atuarem e martirizarem as minorias pacíficas de religiões diferentes das suas (chamadas por eles de infiéis), principalmente cristãos.

Essas minorias invariavelmente são formadas por pessoas pacíficas, que praticavam suas religiões sem serem incomodadas. Não há relatos de milícias cristãs em nenhuma dessas localizações. No entanto, mesmo nestes casos, essa liberdade religiosa não existia por princípio daqueles países, mas apenas era tolerada pela autoridade vigente. Portanto, quando esta autoridade é retirada, o que era tolerância torna-se perseguição e a vida dos cristãos torna-se um verdadeiro inferno.

Não se trata, de maneira alguma, de guerra religiosa, como, muitas vezes, a mídia ocidental tenta descrever. É perseguição pura e simples. Os cristãos que são mortos, fuzilados. decapitados e até enterrados vivos não fizeram nada para sofrer tais penas. Não provocaram, não se insurgiram, não proclamaram independência. Nada! Simplesmente cometeram o grave pecado de não pertencer à religião dos radicais.

O que o mundo assistiu em relação ao jornalista americano (se bem que esse jornalista não pode ser comparado aos cristãos, de maneira alguma, já que era um idiota entusiasta dos islâmicos*), é uma realidade bastante conhecida daqueles que acompanham as notícias sobre os cristãos perseguidos. No entanto, nunca a mídia se interessou em divulgar isso.

Nos últimos dias, até de maneira surpreendente, alguma repercussão tem sido dada à perseguição a cristãos, principalmente no Iraque. Isso, porém, tem dois motivos, que não são absolutamente nobres. O primeiro deles reside no fato que a culpa pelo recrudescimento dessas perseguições pode ser lançado sobre os Estados Unidos. Segundo essa lógica, foi a intervenção americana naquele país que despertou a sanha dos grupos radicais. Foi a desestabilização do governo local que permitiu que milícias jihadistas atuassem com certa liberdade naquele país. Apesar de alguma correção nesse pensamento, na verdade, se os Estados Unidos falharam em algo foi, sob as ordens do Obama, que, inclusive, recebeu um prêmio Nobel por isso, terem retirado suas tropas muito antes do devido. Mas para a mídia, o que importa, é dizer que a intervenção causou o problema. Interessa dizer que a culpa é americana. De fato, divulgam as notícias mais por antiamericanismo do que por obrigação jornalística.

O segundo motivo para a mídia começar a divulgar algo, é porque o problema realmente está completamente fora de controle. Para os jornais ocidentais divulgarem cenas de cristãos tentando fugir do martírio certo, é sinal que o problema por lá está insuportável. É uma demonstração de que o que está ocorrendo ali é um verdadeiro genocídio.

E esse tipo de ação está se espalhando. Os crimes islâmicos estão se tornando mais comuns e estão se disseminando por várias regiões. No entanto, por aqui, continuamos tratando tudo apenas como um probleminha localizado.

Um furto que sofri e minha visão dos fatos

Segue, aqui, uma explicação das razões por que deixei de escrever no blog nos últimos dias. Um furto, as complicações posteriores e um pouco de cansaço são as causas principais. De qualquer forma, compartilho os fatos para vocês entenderem o que aconteceu.

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Direita e Esquerda: por que é impossível fugir delas

“O que muita gente não entende é que, no quadro geral das ideias políticas, não existe uma terceira via. Esta, quando anunciada, não consegue ser mais que uma esquerda envergonhada ou uma Direita abusada”

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Sinal de revés na hegemonia cultural esquerdista

Percebe-se que uma cultura determinada está, realmente, se impregnando na sociedade quando os termos que ela se ultiliza de forma mais específica começam a ser repetidos por pessoas que não são os atores intelectuais originais no uso dessas expressões.

Por isso, quando leio que um juiz de Direito se utiliza, em sua decisão, de uma expressão como “esquerda caviar” para se referir aos baderneiros que fizeram estragos ao patrimônio alheio durante as manifestações que se inicaram no ano passado, em São Paulo, isso me evidencia que alguma mudança está ocorrendo na mentalidade de vários brasileiros.

Quem viveu os anos 90, no Brasil, sabe que era praticamente impossível encontrar um amigo que fosse, quanto mais um personagem atuante na mídia, na literatura ou na justiça que se utilizasse de pensamentos típicos de direitistas, conservadores ou mesmo liberais. A regra aqui era a repetição incessante dos chavões esquerdistas.

Isso, obviamente, era o reflexo da própria cultura nacional. Aqui, a visão revolucionária havia tomado de assalto não apenas a política, mas a vida intelectual e o imaginário mesmo das pessoas mais ordinárias. Os não esquerdistas que existiam, sobreviviam isoladamente, como profetas de caverna, falando praticamente apenas para suas próprias consciências.

Eu mesmo fui despertado para a realidade por um autor não esquerdista apenas no final da década, em 1998, quando, atraído pelo título do livro, comprei-o no escuro e me deparei com o pensamento mais estranho que já havia encontrado pela frente. Este livro era o Imbecil Coletivo, de Olavo de Carvalho.

Atualmente, porém, e sei que isso é um fenômeno muito recente, é perceptível que uma mudança está ocorrendo na cultura brasileira. Ainda é uma mudança tímida certamente, mas, provavelmente impulsionada pelas redes sociais, começa a expandir o pensamento não esquerdista, mesmo o de direita e conservador, para além do pequeno grupo que o representava há duas décadas atrás.

E ela se torna mais evidente quando vemos autores de papéis sociais mais comuns, não ligados diretamente à classe letrada, repetindo as expressões e os pensamentos típicos daqueles intelectuais que representam a ala não esquerdista da intelectualidade nacional.

Por estar acompanhando esse fenômeno há mais de 15 anos, tenho plena certeza que o maior responsável por isso é o próprio Olavo. Seu trabalho insistente e incansável tornou-se um “viral” (para usar uma expressão típica das redes sociais atuais), atingindo pessoas que, pelas vias tradicionais da adquirição de cultura, jamais o alcançariam.

E hoje, com o surgimento de novos pensadores influenciados diretamente pelo Olavo, juntamente com o impulso que tudo isso deu ao trabalho de antigos pensadores de direita, que viviam quase esquecidos em colunas obscuras de jornais, mas que agora podem se aproveitar dessa onda de anti-esquerdismo que se manifesta no país, pode-se dizer que a velha hegemonia revolucionária já sofre fortes reveses.

Ainda é cedo para saber a força real dessas mudanças, mas uma coisa é certa: quando encontramos pensamentos típicos da direita repetidos por pessoas que nada têm a ver com o núcleo de seu movimento intelectual, isso é sinal que pode ainda haver alguma esperança para o país.

Mais esquerdistas que cristãos

“É muito fácil observar que esses ditos cristãos, que falam de paz, que condenam Israel, que se silenciam ante à realidade da Igreja Perseguida, quase todos são propagadores de teologias liberais e políticas progressistas. Quanto mais politizados, mais se identificam claramente com as ideias das esquerdas”

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Uma democracia sem opiniões: análise da liminar do TSE contra a Empiricus

“A decisão do TSE é, de fato, tirânica, porque instaura no país a proibição absoluta em matéria de opinião política. Contrariando todos os fundamentos democráticos, exatamente no momento que os eleitores demandam por mais informações reais, e isso envolve as opiniões de especialistas, estas são sumariamente suprimidas, deixando o cidadão à mercê apenas das plásticas e fantasiosas propagandas eleitorais oficiais”

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A retomada da tradição e a desilusão da rebeldia

“Quando olha para frente, para os sonhos prometidos por aqueles rebeldes, a juventude atual não consegue ter muita esperança. Ela percebe que a destruição pelas drogas, as mães solteiras, os pais irresponsáveis, os relacionamentos fugazes, a religiosidade desespiritualizada e a destruição familiar foram a principal herança deixada pelos movimentos que seus pais participaram”

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O Fim do Brasil, da Empiricus

Mesmo quem não é especialista em economia, com um pouco de inteligéncia é capaz de compreender que o Brasil não está bem. Um país que não consegue atingie sequer 2% de taxa de crescimento está, certamente, em grave recessão. E, a despeito das propagandas governamentais, é possível sentir no próprio bolso a pressão da inflação.

Mas existem os analistas e muitos deles estão alertando para o o perigo que o país está correndo. Uma análise em especial, chamada O Fim do Brasil, feita por Felipe Miranda, da Empiricus, talvez por seu tom apocalíptico, espalhou-se pela internet e está sendo muito comentada.

Gostaria que os seguidores dete blog a lessem, pois, considerando que a Empiricus é uma empresa que vive de suas análises financeiras, no mínimo, elas não podem conter viés ideológico, mas precisam ater-se aos fatos, pois o que está em jogo é a credibilidade dos analistas.

Também decidi compartilhá-la aqui porque, dos comentários que li de outros analistas, até daqueles que se mostraram incomodados com a forma de abordagem do Felipe Miranda, todos são unânimes em afirmar que os fatos trazidos no artigo são indiscutíveis.

O texto é longo, mas vale à pena.

O bobo-da-corte brasileiro e a elegância israelense

“O porta-voz israelense ter chamado o Brasil de anão diplomático foi até uma atitude elegante de sua parte. Ele, por exemplo, poderia ter lembrado que muitos anões eram bobos-da-corte e ter feito essa comparação com a posição brasileira nesse cenário atual. Mas não! Fez referência apenas ao nanismo e deixou de fora qualquer menção à imbecilidade e desonestidade dos comentários brasileiros”

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