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Fabio Blanco

O nazismo não é de (extrema) direita

Posted on 16/08/201710/03/2019

O extremo de algo é aquilo que se encontra na parte mais limítrofe de sua manifestação. É aquilo que pode ser considerado o exagero de um aspecto qualquer. Por isso, são chamados de extrema-esquerda aqueles que levam à últimas consequências os aspectos próprios do esquerdismo: estatismo, pensamento revolucionário e anti-capitalismo. Porém, segundo o amigo do jornalista Guga Chacra, o acadêmico Michel Gherman, em um artigo publicado no Estadão, o nazismo é de extrema-direita exatamente por representar algo que é o contrário do que caracteriza a direita: o corporativismo.

Diferente do que dá a entender o professor, o corporativismo sempre foi uma característica dos governos mais alinhados ao progressismo, principalmente nos Estados Unidos, onde ele existiu com mais força. Foram os governos de Wilson e Roosevelt que mais o favoreceram. Isso porque o corporativismo representa uma simbiose entre grandes empresas e o governo, mantendo este no controle da economia e ditando as regras do mercado. Além disso, o corporativismo afeta aquilo que é o centro do pensamento de direita: a livre concorrência. Se aceitarmos que o favorecimento do corporativismo é algo da direita, o que sobra para a esquerda: apenas o comunismo radical, com sua total abolição da propriedade privada? Ora, nem os esquerdistas querem isso.

O que caracteriza, de fato, a direita é exatamente o favorecimento do livre-mercado, do Estado pequeno e do pensamento político conservador. Para ser extrema-direita, portanto, seria necessário que essas características fossem elevadas ao máximo. Um direitista extremo precisaria ser radicalmente contra a regulação econômica, contra o Estado e fortemente conservador. Alguém de extrema-direita seria quase um libertário, por assim dizer, com exceção do aspecto do conservadorismo. Chamar o nazismo de extrema-direita, portanto, não tem nenhum sentido.

O fato é que afirmar que o nazismo era de extrema-direita é, como sempre foi, apenas um truque retórico, usado para esconder seu caráter revolucionário e semelhante ao esquerdismo de todas as épocas.

 

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