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Darkest Hour

A vantagem de seguir a multidão é não ter de assumir a responsabilidade caso as coisas dêem errado. Enquanto a decisão for do grupo não é você o culpado pelas desgraças oriundas dela.

As decisões em grupo tendem a seguir o óbvio porque elas não costumam ser fruto do gênio, mas da deliberação, que invariavelmente ajusta-se à mediocridade. Decisões grupais costumam ser pequenas, óbvias, sem grandes riscos. Exatamente por isso, não poucas vezes, são burras. Por outro lado, grandes decisões precisam ser heróicas, corajosas, arriscadas. Para tomar grandes decisões quase sempre é preciso escapar do lugar comum.

No filme “Darkest Hour” vemos Winston Churchill diante do dilema de seguir a obviedade do que um grupo de notáveis lhe apresentava como solução e suas próprias convicções, praticamente incompreensíveis para todo mundo. Chamberlain e o Visconde de Halifax haviam conduzido quase todo o conselho de Guerra, diante do extermínio iminente de praticamente todo o exército britânico diante das tropas alemãs, a buscar uma solução de paz com os inimigos, o que significaria uma rendição completa. Churchill, porém, mesmo diante dos fatos desoladores, entendia que não se devia negociar com o inimigo, principalmente nessas condições. “Você não pode ser razoável com um tigre quando sua cabeça está dentro da boca dele” foi a frase colocada em sua boca. E para tomar a decisão de não se render a Hitler, precisou agarrar-se teimosamente às suas convicções e é nisso que se encontra o seu heroísmo.

O que o filme retrata é exatamente essa força heroica – e todo o desafio que isso envolve – que enfrenta o poder persuasivo de um grupo que tem os fatos ao seu lado. A maior disputa que uma convicção pode encarar é a da oposição da multidão. Enquanto na cabeça, ela está protegida, mas quando desafiada pelo grupo é que mostra se realmente está bem estabelecida. As convicções de Churchill estavam bem estabelecidas porque baseadas num valor superior, que era a independência da Inglaterra. Ele sabia que se o país se rendesse, não sobraria mais nada dela.

Não que uma convicção precise ser tão rígida a ponto de não sofrer oscilações. Inclusive, “Darkest Hour” as mostra muito bem. Porém, são nos momentos de maiores dúvidas que surge aquilo que costuma salvá-la. No caso do primeiro-ministro, na hora de maior desespero, surgem o rei e o povo para dar a ele o apoio que precisava para enfrentar os políticos e burocratas.

Apesar de “Darkest Hour” retratar um Winston Churchill um tanto mais excêntrico e um tanto mais vacilante do que ele deve ter sido na realidade, o filme acerta ao transmitir toda a luta que um indivíduo pode enfrentar ao se colocar contra a força do grupo, principalmente nos momentos de maior crise, naquelas horas mais escuras.

Narrativas e Solidão

Vivemos em um tempo no qual as verdades que nos são evidentes parecem ser atacadas por todos os lados. A sensação é que elas se tornaram uma afronta para o mundo. Aquilo que cremos e que sempre nos pareceu tão óbvio, agora é contestado de forma veemente. A impressão é que tudo em nossa volta se opõe ao que pensamos.

Não importa que estejamos inseridos na multidão. Ainda que sejamos socialmente ativos, sentimo-nos sós. Tornamo-nos uma ilha de certezas posicionada no meio de um mar de ideias contrárias. 

Quem está preparado para aguentar a violência de uma massa vociferando contra seus princípios, suas crenças e seus valores? Somente uma alma sobre-humana seria capaz, diante de um mundo que se lhe opõe de forma tão frontal, de manter-se firme. Não por acaso, muitos começam a duvidar de si mesmos, a perguntarem-se se, em vez de convictos, não estão sendo teimosos.

Somos repreendidos continuamente, mesmo que de maneira tácita, somente porque temos ideias que vão de encontro ao que se apresenta como um consenso geral. Isso é muito cansativo. Por isso, muitos chegam ao limite e simplesmente calam-se. Os mais frágeis sucumbem e rendem-se aos seus acusadores; outros, ao abafarem suas certezas, desenvolvem neuroses; outros ainda escapam, buscando na irrelevância algo a que se aferrar. Não os culpo. A força da oposição é grande demais para um espírito vulgar.

Os que desafiam essa pretensa unanimidade acabam pagando com a solidão. Tornam-se como que acorrentados em suas próprias masmorras de convicções. Fora destas, ouvem as vozes falando insanidades. Porém, estão impedidos de juntar-se a elas, a não ser que abdiquem do que pensam.

Sei bem o que é tentar mostrar a realidade para uma sociedade enlouquecida. Ainda assim, aconselho àqueles que sofrem com a incompreensão e indignação alheias, só porque sustentam ideias normais, que não esmoreçam; não se permitam sucumbir ante os ataques aos seus princípios. 

Lembrem-se de que toda essa pressão é uma ilusão, toda essa força externa é apenas uma artificialidade, toda essa certeza que o mundo parece ter não passa de fé de malucos. Nossa sociedade transformou-se em uma máquina de narrativas. Praticamente nada mais do que é dito no espaço público é fruto da evolução natural do pensamento, mas reflete apenas a construção artificial de uma fábula. São convicções montadas, certezas produzidas e princípios fabricados.

Narrativas nada mais são, por sua própria natureza, do que estórias criadas para manipular as pessoas. Não são fruto da cultura, nem da tradição de uma sociedade, mas invenções surgidas na mente de algumas poucas pessoas que têm como objetivo moldar a mentalidade do povo em favor de determinadas ideologias.

Narrativas fazem uso do mecanismo da desinformação, que usa maciçamente os meios de comunicação para espalhar mentiras que contribuam em favor de formas de pensamentos específicas. Por isso, muito do que ouvimos por aí simplesmente trata-se de mentira.

Narrativas são criadas para serem aceitas pela massa. Por isso, precisam ser palatáveis. Para tanto, são escritas como roteiros ficcionais, que ignoram a complexidade da realidade e apresentam estórias lineares que vão ao encontro das expectativas de seus destinatários. Enquanto a realidade subsiste naturalmente, discretamente e sem artifícios, a narrativa esforça-se por impor-se, passando por cima das dificuldades típicas da vida real.

Narrativas, por não ancorarem-se na realidade, precisam ser continuamente contadas, se quiserem sobreviver. Junte-se a isso a volumosa propaganda que é necessária para impulsioná-las e temos aquela sensação de ela ser onipresente.

No entanto, narrativas não sobrevivem a um confronto com a realidade. Apesar de dominarem a discussão pública, a maioria das pessoas, em seus cotidianos comuns, vive como se elas não existissem. 

Por isso, esteja certo que o mundo não está pensando diferente de você. O que se tem ouvido por aí é o barulho das teorias loucas que, para serem escutadas, precisam ser gritadas; é o movimento das ideias artificiais que, para serem conhecidas, exigem ser divulgadas. Saiba que por detrás dessa balbúrdia narrativa existe uma vida real, com pessoas reais e histórias reais que continuam sustentando o mundo.

Portanto, toda vez que você se sentir só, tendo a impressão de que suas ideias são muito diferentes das ideias do restante da humanidade, lembre-se que o que lhe oprime não passa de uma farsa, não se sustenta, é falso. Saiba, definitivamente, que os pensamentos da maioria das pessoas são muito parecidos com os seus — elas só não alardeiam isso o tempo todo.

São em meio à insanidade universal

Falar contra a unanimidade não é para qualquer um. Dá um desânimo, às vezes. Você tenta mostrar que as coisas não são exatamente como a mídia mostra ou como os governos tentam fazer parecer, mas a sensação é de estar clamando no deserto.

Em momentos de crise, quando parece que todo mundo está submerso no medo, submetendo-se bovinamente a qualquer tipo de determinação que prometa sua proteção, ainda que isto atente contra sua dignidade, ser uma voz dissonante é um grande desafio.

A impressão que se tem é de que estamos fazendo alguma coisa errada. Porque não é possível que o mundo inteiro pense de uma maneira e apenas eu e mais alguns malucos enxerguem a situação de uma maneira diferente.

Às vezes, até vacilamos ante o pânico generalizado. Afinal, ninguém é de ferro e se manter o tempo todo contra o fluxo da multidão não é tarefa fácil.

Por isso, a importância de tomar algumas precauções para não ser enredado pela histeria generalizada. Também a urgência de possuir alguns entendimentos para não cair em qualquer narrativa que lhe contem.

Para tanto, vou compartilhar algumas medidas profiláticas (que nada têm a ver com lavar as mãos, trancar-se em casa e usar máscaras), as quais, desde o início dessa pandemia, tomei e tem me ajudado e me manter são em meio à insanidade universal.

Desde o início, notei que as notícias eram muito desencontradas e que havia, além de tudo, muitas omissões e desinformações. Diante disso, a primeira providência que tomei foi diversificar minhas fontes de informações. Com isso, evitei ser guiado por uma visão única sobre os fatos, apenas.

Outra providência foi desconfiar de mim mesmo, pois este é um princípio que carrego comigo o tempo todo. Eu sabia que se me expusesse, ininterruptamente, às notícias alarmistas e às manifestações histéricas haveria uma grande possibilidade disso me contaminar. Assim, não tive dúvidas em silenciar toda fonte de manifestações que não fosse objetiva. Falou em linguagem apocalíptica ou aterrorizante, bloqueei ou deixei de seguir.

Havia, com isso, o risco de eu me fechar em uma bolha, alimentando-me apenas daquilo que corroborava minhas primeiras impressões. Para evitar essa situação tentei identificar aquelas fontes de informações que, independentemente da linha de raciocínio que seguiam, transmitissem seus dados da maneira mais fria e objetiva possível.

Cuidei, ainda, para não cair em um tipo de dissonância cognitiva, descrita por Leon Festinger, e sobre a qual eu explico mais detalhadamente em meu
texto “Espontaneidade Fabricada” (que pode ser encontrado em meu blog) que, em síntese, ocorre quando, ao ser obrigado a falar ou fazer algo, durante um tempo, que seja contra suas convicções íntimas, a pessoa começa a inclinar-se a adaptar essas convicções ao discurso ou ação a que é obrigada a fazer. Por esse motivo, evitei seguir as regras e os padrões impostos no momento. Não por mera rebeldia, mas exatamente para não assumir uma linha de conduta que pudesse influenciar as convicções que eu adquiria por meio dos dados que colhia.

Por fim, não tive receio de expor o que eu pensava. Isso porque, apesar de saber que essa atitude atrairia oposições, também tinha convicção de que outras pessoas, que viam as coisas como eu estava vendo, iriam aparecer e ajudariam-me a me manter firme. Fiz isso por acreditar que quando percebemos algo, dificilmente somos os únicos a perceber aquilo. Pelo contrário, certamente muitos outros já perceberam aquilo também.

O fato é que nunca é fácil posicionar-se contra o que se parece um consenso universal. Ser tido por louco, neste caso, é o mínimo que acontece. No entanto, a liberdade que se adquire e a sensação de independência que isso proporciona são incomparáveis.

Experimente!

Vacilos humanos

É proibido ter dúvidas. Seja qual for o meio do qual façamos parte – negócios, intelectualidade, religião – parece que a incerteza é condenável.

Aprendemos que o sucesso é para os que não titubeiam, a verdade daqueles que possuem uma convicção inabalável.

Demonstre um mínimo de indecisão e será tachado de fraco, incrédulo, burro.

Somos todos humanos, mas o que esperam de nós é uma qualidade sobre-humana. Querem que sejamos aquilo que a nossa natureza não consegue ser.

Nosso estado natural é sempre vacilante, porque ser assim faz parte da nossa estrutura e das nossas possibilidades.

O que caracteriza a mente normal são as dúvidas, os conflitos, o vacilo. Só os loucos não duvidam de nada, só os psicopatas não hesitam.

Por isso, toda afetação de certeza absoluta, de segurança inabalável, só pode ser fingimento ou alienação.

Nós não podemos saber tudo, nem ter certeza de tudo. Cada pensamento, cada ato, cada palavra dita, vêm carregados de indefinições e obscuridades e mistérios que nos dão a única opção de esperar que um dia se resolvam.

Assim, resta-nos seguir em frente aprendendo a conviver com essas limitações.

Aliás, esta é a grande arte do ser humano: desenvolver a capacidade de erigir suas obras sobre terreno movediço.

A necessidade das convicções

Defenda a existência de verdades universais e você experimentará o ódio dos difusores da tolerância. Isso porque a regra vigente é tolerar tudo, menos a certeza ampla. O que passa dos limites mais estreitos da subjetividade é visto como um acinte.

A suspeita quanto às certezas gerais criou uma geração intelectualmente tímida. Não que as pessoas não tenham mais convicções, mas elas temem expô-las como universalmente válidas. Permite-se pensar sobre qualquer coisa, desde que não se pretenda que isso valha para os outros.

A ciência, por exemplo, depende de regras universais. Nenhum cientista pode exercer seu trabalho sem considerar que algumas coisas são o que são. Todo progresso científico pressupõe que algumas idéias estão estabelecidas, valem para todos, e podem servir de esteio para novas construções. O método científico depende do acúmulo de dados, que se dá pela preservação do conhecimento adquirido e pela consideração de que esse conhecimento é verdadeiro, estável e confiável. Sem essa perspectiva, a ciência seria impossível.

Se tudo tivesse de ser considerado como válido apenas no âmbito da subjetividade, não haveria bases para dar passos adiante. A negação das convicções universais forçaria tudo a um repetido recomeço; condenaria-nos a ser perpetuamente primitivos. É imprescindível, para que haja progresso em qualquer área da vida, que nos apeguemos a algumas idéias; que tenhamos algumas certezas. São delas que partimos para as descobertas, para as novas formulações, para o melhoramento.

Há verdades que já foram testadas pelo tempo, há outras que são evidentes. Por isso, não há problema algum em se ter convicções. Não é pecado, não é retrógrado, não significa ser intolerante. Tê-las faz parte de qualquer processo evolutivo.

Não quer dizer que tudo o que se sabe não possa ser contestado e até destruído por novas evidências. Pode! Porém, enquanto essas verdades permanecerem, devem ser tidas por universais e continuar sustentando nosso pensamento para que ele não se torne amorfo e sem sentido.

O medo da incerteza e a leviandade nos juízos

Há o medo de ser relativista. Justo temor! O relativismo é uma contradição, pois sua afirmação nega-se a si mesma. Dizer que tudo é relativo deve incluir a própria asserção, o que a tonaria absoluta, abalando assim seu preceito.

E para escapar desse equívoco muitos abrigam-se no pólo oposto e exigem certeza de quase tudo. Não querendo ser tidos por relativistas, acham que precisam ter absoluta convicção daquilo que pensam e dos juízos que emitem.

Não aceitam o vacilo, não suportam a dúvida, não permitem a suspensão da convicção. Querem que tudo seja preto no branco, evidente, sem o menor sinal de hesitação. Tornam-se assim intolerantes. 

No entanto, uma coisa é acreditar que não há nada certo, outra é compreender que, apesar da verdade existir e ser absoluta, sua apreensão envolve muitos tropeços. 

É que a quase totalidade dos conhecimentos que possuimos, os temos apenas em parte. Ainda que aceitemos imediatamente aquilo que sabemos por evidência, como os primeiros princípios, todo o resto tateamos na busca do conhecimento pleno.

Quando pensamos nos fatos, isso se torna ainda mais manifesto. Se os conhecimentos superiores talvez sejam passíveis de apreensão direta e total, em relação aos factuais, só temos acesso limitado. Não há fato ao qual tenhamos ingresso pleno; não existe ocorrência que possamos visualizar por todos os seus ângulos.

Querer ter certeza absoluta de qualquer coisa material parece sempre uma leviandade. A quase totalidade daquilo que chamamos de conhecimento dá-se por aproximação. Deduzimos que as coisas sejam de tal e qual maneira porque os indícios conduzem a isso. É certo que, para mantermo-nos firmes e não cairmos na dúvida, isso já é suficiente. Porém, não significa que estamos totalmente certos do que dizemos.

Uma inteligência sadia tem consciência dessa limitação e, ainda que fale com convicção, sabe que é uma convicção provisória, aberta a aprimoramentos caso o conhecimento sobre o que perscruta se amplie.

Essa é a verdadeira inteligência: segura, sem ser intolerante; cautelosa, sem ser relativista; firme, sem ser leviana.

Aliados inconfiáveis

Eu não confio em quem vive apenas de críticas a um certo tipo de pensamento, mas nunca deixa claro o que realmente pensa. Não acredito em quem demonstra muita coragem para atacar ideias alheias, mas afrouxa quando é instado a revelar as suas.

Isso por que esses críticos, enquanto os adversários coincidirem, podem parecer seus melhores aliados. No entanto, basta os adversários comuns serem derrotados para eles, ao vento das circunstâncias e dos interesses, virarem-se contra você.

E, quando isso acontecer, eles estarão em uma posição vantajosa. Porque a primeira regra da honestidade intelectual é revelar de que lado você está, o que defende, no que acredita. Como esses críticos sem rótulos nunca fazem isso, no momento que eles se virarem contra você terão todas as vantagens estratégicas de quem conhece em detalhes o inimigo, enquanto as características deles mesmos – no que acreditam, o que querem, o que defendem, em suma, seus pontos fracos e fortes – ficam camufladas.

No fim das contas, é muito melhor brigar contra os aloprados ideológicos que, a despeito de toda maldade, pelo menos são o que são, do que contra os falsos aliados, que, no momento que você precisa deles, não os encontra ao seu lado, mas prontos para apunhalar-lhe pelas costas.

Extremamente covardes

Por detrás de quase todos os críticos do extremismo residem extremos covardes, que temem se comprometer com algo e querem ter sempre à disposição a possibilidade de escapar.

Ao atacarem o que chamam de extremismo, na verdade, estão criticando a convicção. Isso porque não suportam pessoas que sabem no que acreditam e defendem isso até o fim. Para os frouxos facilmente escandalizáveis, toda demonstração de certeza é uma agressão.

Até porque nem sempre a moderação é uma virtude. A moderação da verdade, do bem, da justiça, por exemplo, não pode ser tida como um objetivo a ser perseguido.

O extremismo que deve ser criticado é apenas aquele alcançado sem reflexão, sem prova, sem razão. O extremo, em si mesmo, não é errado, mas estar nele de maneira leviana e obtusa.

Se porém uma convicção é atingida após ter sido devidamente provada, que mal há em permanecer ali de maneira extrema?

Por isso, eu nunca me pergunto se alguém está sendo radical, extremista ou coisa do gênero. Minha única indagação é: o que ele defende é certo?

Vigor na irrelevância, placidez na importância

Nos assuntos mais irrelevantes, nos quais poderiam manter, para o bem da convivência social, aquela atitude plácida e conciliadora, as pessoas gabam-se de ser sinceras e mostram a mais firme convicção, chegando a defender suas preferências com grosseria e violência.

Nos temas mais importantes, naqueles que exigem firmeza de ânimo e coragem, porém, são vacilantes, e esquivando-se de pensar neles, preferem a omissão e a complacência.

Homens de convicção

Onde estão os homens de convicção?

Procuro homens que não cedam às pressões em detrimento do que crêem.

Procuro homens que não alterem seus discursos para agradar as massas.

Procuro homens que digam a realidade que veem, mesmo que isso afaste as pessoas.

Procuro homens que não tentem agradar a todos, pois sabe que para fazer isso precisará ser falso.

Procuro homens que sejam fiéis, honrando a amizade.

Procuro homens que sejam coerentes, vivendo e falando a mesma coisa.

Procuro homens que tenham ideais, pois só assim serão verdadeiros líderes.

Procuro homens que saibam sofrer, e desse sofrimento tirem forças para lutar.

Procuro homens nos quais eu possa confiar, sabendo que o que eu ouço de suas bocas são exatamente o que eles pensam.

Procuro homens que tenham grandes sonhos, e não se prendam às questíunculas diárias.

Enfim, procuro homens de convicção, que crêem no que dizem e não alterem uma vírgula disso por causa das circunstâncias.

Ainda acredito que existam homens assim.

Será que sou um ingênuo?